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Como criar crianças que cooperam e sabem dividir

Ensinar aos filhos valores como a cooperação e o compartilhamento de brinquedos, ideias e momentos tem sido um desafio cada vez maior na educação dos filhos. Afinal, vivemos numa sociedade que valoriza o individual. Mas há caminhos seguros para criar crianças que cooperam, estimulando-as, desde cedo, a adotar atitudes mais solidárias e empáticas.

Crianças que cooperam apresentam um desenvolvimento social e emocional mais sólido. A habilidade de dividir recursos, participar de atividades em grupo e compartilhar brinquedos promove um ambiente harmonioso em casa e na escola. Da mesma forma, prepara o pequeno para interações saudáveis ao longo da vida.

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Ao aprender a dividir, as crianças desenvolvem a capacidade de considerar as necessidades dos outros e a importância de equilibrar interesses individuais com os do grupo. Isso, por sua vez, estimula a empatia, a paciência e a capacidade de negociação, características cruciais em qualquer contexto social e na futura vida profissional.

Mas como fazer isso na prática, no dia a dia?

1 – Estabeleça expectativas claras 

Para começo de conversa, explique às crianças a importância da cooperação e compartilhamento. Quanto mais ela entender, maior será seu envolvimento.

2 – Dê o exemplo

Mostre comportamentos cooperativos e compartilhadores para que as crianças imitem.

3 – Incentive o trabalho em equipe

Promova atividades em grupo que incentivem a cooperação.

4 – Pratique turnos e espera

Ensine a importância de esperar e ceder a vez.

5 – Reforce o comportamento positivo

Elogie e recompense as crianças quando cooperarem e compartilharem.

6 – Ensine a resolver conflitos

Ajude as crianças a resolverem desacordos de forma pacífica e construtiva. Mais uma vez, aqui o exemplo tem papel fundamental. Quando a criança vê em seu entorno as pessoas resolvendo conflitos com diálogo, a tendência é que ela resolva seus conflitos assim também.

Desde o berço 

O conceito de dividir pode ser introduzido aos poucos, desde os primeiros meses de vida do bebê. De acordo com a psicóloga Ana Lúcia da Costa Rafael, é importante mostrar ao pequeno que o outro também existe e tem necessidades. “Ele percebe isso quando a mãe se ausenta para comer ou tomar banho e é importante preservar esses momentos”, explica, em entrevista à Revista Cláudia.

Fase do “meu”

Com o passar do tempo, geralmente entre os 2 e 3 anos de idade, a criança chega à fase do “meu”. Nesta etapa da vida, o pequeno tende a ser possessivo e quer declarar tudo como seu. Isso faz parte do desenvolvimento normal, à medida que começam a entender a noção de propriedade e identidade. 

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No entanto, neste período é importante agir, mostrando os primeiros passos para a criança partilhar e cooperar. Por outro lado, também devemos respeitar o desejo de autonomia da criança durante essa etapa. 

Com o tempo e orientação adequada, a tendência possessiva diminuirá ao mesmo tempo em que a criança começará a compartilhar e cooperar mais facilmente.

Depois disso, geralmente, a partir dos 5 anos de idade, a criança começa a demonstrar interesse em fazer parte de um grupo, ter amiguinhos para jogar ou brincar. Surge aqui um momento crucial na missão de criar crianças que cooperam. Atitudes simples como mostrar a si mesmo dividindo, por exemplo, alguma coisa com outra pessoa ajudam nessa etapa.

Outra ideia recomendada por especialistas é mandar um lanchinho a mais na mochila da escola para que a criança possa oferecer aos coleguinhas. 

Benefícios a longo prazo

Crianças que cooperam costumam entender mais rápido a importância do trabalho em equipe e da colaboração. Ao participar de atividades em grupo, elas aprendem a respeitar diferentes pontos de vista, a ouvir os outros e a contribuir para um objetivo comum. Essa experiência fortalece a noção de comunidade e promove um senso de pertencimento.

Por outro lado, o ato de compartilhar não apenas ensina generosidade, mas também promove a construção de relacionamentos saudáveis baseados na confiança e na reciprocidade. As crianças que compartilham desde cedo tendem a ser mais solidárias, ter relacionamentos mais positivos e desenvolver habilidades sociais mais fortes.

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Portanto, ao ensinar à criança a importância de dividir, cooperar e compartilhar, estamos contribuindo para que ela se torne um adulto responsável, empático e colaborativo. Esses valores não apenas beneficiam o indivíduo, mas também contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e harmoniosa.

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Na The Little Gym, a gente acredita que o desenvolvimento infantil tem a ver com aspectos físicos, mas também com questões emocionais, sociais e cognitivas, inclusive com hábitos como solidariedade, tranquilidade e gratidão. Trabalhamos os músculos, mas também a empatia, a paciência e a disciplina dos pequenos. 

Agende uma aula experimental em uma das nossas unidades para conhecer a premiada e exclusiva metodologia de ginástica infantil que criamos. 

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Os benefícios das emoções positivas na saúde da criança

 

Fazer o bem faz bem! A máxima que muitos de nós adultos ouvimos ou falamos vale também para os pequenos. Estimular bons sentimentos e emoções positivas é super benéfico para a saúde da criança. 

A prática contribui tanto para o bem-estar emocional das crianças quanto para a promoção da saúde física e mental ao longo da vida. Quanto mais cedo melhor: cultivar um ambiente emocionalmente positivo pode impactar de forma significativa nos pequenos.

Ambiente saudável e vínculos familiares

Nos últimos anos, muito tem se falado sobre o papel das emoções na saúde da criança. De acordo com um estudo do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), para que uma criança possa ter um bom desenvolvimento, é preciso construir vínculos familiares sólidos e viver em um ambiente saudável durante a primeira infância, ou seja, até os 6 anos de vida. 

Por outro lado, pesquisas confirmam que emoções positivas, como alegria, gratidão e amor, têm efeitos benéficos não apenas no bem-estar psicológico, mas também no físico.

Afinal, quando as crianças experimentam emoções positivas, seus corpos liberam substâncias químicas que fortalecem o sistema imunológico, reduzem o estresse e promovem a saúde cardiovascular.

Mas como ajudar a criança a desenvolver boas emoções no mundo complicado e corrido em que vivemos? 

Elogios, empatia e gratidão

Para começo de conversa, é essencial criar um ambiente que favoreça o desenvolvimento emocional saudável. E o exemplo dos adultos, neste momento, conta muito! Gestos simples, como expressar afeto, elogiar o esforço, incentivar a prática da gratidão e promover a empatia, ajudam muito e fazem uma enorme diferença na saúde da criança.

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Vale dizer ainda que estar presente, ouvir atentamente e validar as emoções das crianças são práticas essenciais para criar um ambiente emocionalmente positivo. Da mesma forma, é importante ensinar a elas habilidades para que possam lidar de forma saudável com os próprios sentimentos.

Outras oportunidades de estimular boas emoções na criança são práticas como a meditação, o contato com a natureza e com animais, os exercícios físicos e a participação em atividades artísticas e culturais.

Tudo isso ajuda, e muito, a manter a saúde da criança em dia. Além disso, emoções positivas impactam diretamente no desenvolvimento cognitivo e na aprendizagem dos pequenos.

Responsabilidade e apoio 

É comprovado: crianças que experimentam emoções positivas tendem a apresentar melhor desempenho acadêmico, maior capacidade de resolver problemas, mais criatividade e resiliência diante de desafios.

Como se vê, familiares e educadores desempenham um papel fundamental na promoção de emoções boas nas crianças. Ao modelar comportamentos emocionalmente saudáveis, oferecer apoio e incentivar o cultivo de bons sentimentos, você contribui significativamente para a saúde da criança.

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Em um mundo onde o estresse e a ansiedade são cada vez mais comuns, valorizar e promover emoções positivas nas crianças é um desafio e tanto. Mas pequenas atitudes do dia a dia fazem uma enorme diferença.

Ao criarmos um ambiente que favoreça a expressão e vivência de emoções positivas, estamos investindo no bem-estar, no futuro e na saúde da criança. Estimular bons sentimentos desde cedo não só contribui para os aspectos emocionais na infância, como ainda tem impactos duradouros na saúde física, cognitiva e social dos pequenos.

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5 dicas para ensinar gratidão às crianças

A gratidão é uma virtude poderosa, com benefícios comprovados para a vida social, a saúde mental, a felicidade e a criação de laços verdadeiros. Ensinar gratidão às crianças desde os primeiros anos promove tanto uma atitude positiva, quanto ajuda a desenvolver empatia, autoestima, resiliência e um senso de apreciação pelas coisas simples. 

Atualmente, temos ouvido com frequência sobre as consequências positivas de uma postura grata diante das coisas. O hábito de agradecer está associado a níveis mais altos de satisfação e felicidade, à redução do estresse, ao fortalecimento dos relacionamentos, ao aumento da resiliência e até à melhora do sono!

De acordo com uma pesquisa realizada com 200 estudantes norte-americanos e publicada pela BBC, escrever listas de gratidão durante nove semanas resultou em maiores taxas de felicidade e menos doenças físicas. Os alunos também começaram a fazer mais exercícios, porque estavam se sentindo melhor com a vida.

Perspectiva positiva

Do mesmo modo, ao focar nas coisas boas e expressar apreço por elas, podemos desenvolver uma perspectiva mais positiva da vida. Além disso, há estudos que revelam que, quando nos concentramos em pensamentos positivos e agradecemos pelas coisas boas do dia, é mais provável termos a mente tranquila e relaxada ao ir para a cama.

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Outro estudo pediu que pacientes que sofrem de uma série de doenças neuromusculares escrevessem cinco coisas pelas quais eram gratos todos os dias, durante três semanas. Aqueles que contaram suas bênçãos relataram significativamente menos dor, bem como um sono melhor do que o grupo de controle.

No entanto, vamos combinar que não é tão simples assim ensinar gratidão às crianças, não é mesmo? A correria dos pais e o próprio temperamento dos pequenos podem acabar dificultando a missão, mas alguns caminhos ajudam. 

Vamos falar um pouco mais deles agora.

Dê exemplos

Crianças fazem o que os adultos fazem. Ou seja: os pequenos aprendem muito observando o comportamento dos pais e responsáveis. Portanto, o exemplo dos adultos faz toda a diferença no processo de ensinar gratidão às crianças. 

Assim, vale fazer uma reflexão: você tem expressado sua gratidão regularmente? Pode ser agradecendo pelas pequenas coisas, mostrando felicidade com o que se tem ou encontrando satisfação com as conquistas cotidianas, por exemplo.

Incentive a expressão da gratidão

Estimule seus filhos a expressarem gratidão, tanto verbalmente quanto por meio de gestos. Ensine-os a dizer obrigado quando alguém fizer algo gentil por eles e incentive-os a escrever bilhetes de agradecimento para pessoas especiais.

Lembre-se que um sorriso sincero e um olhar verdadeiro de apreciação são poderosos. Eles mostram que você está grato pelas pequenas coisas e pela presença das pessoas ao seu redor.

Pratique a reflexão diária

Reserve um momento todos os dias para que você e seus filhos reflitam sobre as coisas pelas quais são gratos. Isso pode ser feito durante o jantar, antes de dormir ou em qualquer momento que funcione melhor para a sua família. 

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Compartilhar as coisas boas que aconteceram durante o dia e expressar alegria por elas são excelentes formas de ensinar gratidão às crianças.

Incentive-as a compartilhar e doar

Outra ótima maneira de ensinar gratidão às crianças passa por compartilhar e doar aos outros. 

Incentive-as a separar brinquedos ou roupas que não usam mais e doá-los para quem precisa. Isso ajuda a desenvolver um senso de empatia e gratidão pelo que têm.

Pratique atos de bondade

Realizar atos de bondade aleatórios pode ser uma maneira poderosa de ensinar gratidão. Encoraje seus filhos a fazerem pequenas gentilezas, como ajudar um colega de classe, dar um elogio sincero ou ajudar nas tarefas domésticas. Essas ações mostram como ser grato e valorizar os outros.

Ensinar gratidão às crianças é um presente valioso que podemos oferecer a elas. À medida que cultivamos o hábito de agradecer e estimulamos nossos filhos a praticá-lo também, ajudamos a criar adultos mais empáticos, solidários e felizes. 

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Como ajudar a socialização da criança que brinca sozinha

Ter apenas um filho é uma realidade cada vez mais comum nas famílias de todo o mundo. No entanto, uma preocupação acompanha a decisão: como criar filhos únicos que sejam sociáveis com outras crianças? O que fazer para a criança que brinca sozinha saber interagir com os coleguinhas da sua idade fora de casa?

Antes de mais nada, é importante dizer que não há nada de errado na rotina da criança que brinca sozinha. De acordo com a psicóloga Emília de Azevedo Oliveira, em reportagem da Revista Crescer, momentos a sós podem trazer benefícios durante a infância.

“Quando as crianças brincam sozinhas, elas são estimuladas a desenvolver a criatividade, a imaginação, a tomada de decisões, além da autoestima, que é algo fundamental”, destaca a especialista.

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A chave está no equilíbrio, em alternar o hábito com atividades que permitam e estimulem a socialização da criança que brinca sozinha. 

Por isso, reunimos dicas preciosas sobre o que fazer para estimular a interação de uma criança que brinca sozinha na maior parte do tempo:

Estimule encontros com outras crianças

Organize encontros com amigos ou familiares que tenham crianças da mesma faixa etária. Isso proporcionará oportunidades para a criança interagir, compartilhar e aprender a brincar em grupo.

Em outras palavras, você pode agendar momentos de brincadeira com outras crianças da mesma faixa etária. Isso proporcionará oportunidades para a criança interagir, compartilhar e aprender a brincar em grupo.

Promova brincadeiras em grupo em casa

Convide amigos ou vizinhos para brincar em casa. Organize jogos, atividades ao ar livre ou festas temáticas. Quanto mais a criança participar, mais ela tende a desenvolver habilidades sociais em um ambiente familiar e confortável.

Incentive hobbies e interesses

Descubra os interesses da criança e apoie seu desenvolvimento nessa área. Se ela mostrar interesse em música, esportes ou arte, por exemplo, inscreva-a em aulas ou atividades extracurriculares relacionadas. Isso pode ajudar a criança a encontrar amigos com interesses semelhantes.

Matricule a criança em atividades em grupo

Inscreva o pequeno em atividades extracurriculares, como ginástica, esportes, dança, teatro ou aulas de arte.

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Isso permitirá que ela conheça outras crianças com interesses semelhantes e desenvolva habilidades sociais enquanto participa de atividades divertidas.

Incentive a participação em grupos comunitários

Verifique se há grupos comunitários ou clubes voltados para crianças na sua área. Isso pode incluir grupos de escoteiros, clubes de leitura infantil ou programas de voluntariado. Participar dessas atividades pode ajudar a criança a conhecer novos amigos e se envolver com a comunidade.

Ensine habilidades sociais

Ajude a criança a aprender habilidades sociais básicas, como cumprimentar, fazer perguntas, compartilhar e cooperar. Role-play (encenar situações) pode ser uma maneira divertida de praticar essas habilidades.

Seja um modelo de comportamento social

Mostre bons exemplos de habilidades sociais no seu próprio comportamento. Pratique também a empatia, respeito e gentileza ao interagir com os outros. Afinal, as crianças aprendem muito observando os adultos ao seu redor.

Leia livros sobre amizade e interações sociais

A leitura de livros que abordam temas de amizade, respeito e colaboração pode ajudar a criança a entender a importância das interações sociais e dar-lhe ideias sobre como se comportar em diferentes situações.

Equilíbrio

Essas atitudes vão ajudar a criança tanto a aproveitar os momentos em que estiver brincando sozinha, quanto aqueles em que estiver na companhia de coleguinhas.

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Vale, também, avaliar o quanto as brincadeiras fazem ou não bem para o pequeno. Afinal, algumas crianças preferem realmente brincar sozinhas, o que faz com que brincar em grupo não seja tão prazeroso para elas. 

Para turbinar a experiência da criança que brinca sozinha, você pode fornecer materiais e brinquedos que incentivem a criatividade e a imaginação, como blocos de construção, bonecos, papel e lápis de cor. Com isso, o pequeno vai explorar diferentes formas de se divertir.

Planejamento

Da mesma forma, outro caminho interessante é planejar atividades em família, como passeios ao parque, jogos de tabuleiro ou cozinhar juntos. Se a criança é naturalmente mais introvertida, cabe ao responsável respeitar sua personalidade, mas proporcionar oportunidades confortáveis de interação social. 

Por outro lado, se você tiver preocupações significativas sobre a socialização da criança, é sempre uma boa ideia buscar a orientação de um profissional, como um pediatra ou psicólogo infantil. 

Por fim, se a sua busca for por uma atividade em grupo divertida e segura, conte com a The Little Gym! Na The Little Gym, acreditamos que diversão é essencial para o desenvolvimento infantil. Por isso, oferecemos um espaço seguro e divertido para a criança gastar energia, aumentar a autoconfiança e desenvolver habilidades. 


Fale conosco para saber mais.

10 habilidades para ensinar às crianças antes de 10 anos

Os primeiros anos de vida de uma criança são fundamentais para o seu desenvolvimento. Afinal, estamos falando de uma fase em que elas absorvem conhecimento e adquirem habilidades que vão utilizar ao longo da vida. Mas por onde começar? Que características podem ajudar a preparar os pequenos para o futuro? Neste artigo, reunimos 10 habilidades para ensinar às crianças antes dos 10 anos. 

Confira.

1 – Comunicação

A comunicação é essencial em todas as áreas da vida. Portanto, quando o assunto são as melhores habilidades para ensinar às crianças, uma dica de ouro é: incentive seu filho a expressar ideias e sentimentos de maneira clara e respeitosa. Um excelente caminho para isso passa por promover conversas, leitura em voz alta e atividades que estimulem a expressão verbal e escrita. 

Dar o exemplo também é fundamental. Por meio da comunicação primeiro com os adultos e depois com as próprias crianças, os pequenos aprendem a expressar seus pensamentos, sentimentos e necessidades de forma clara e eficaz. 

Além disso, a comunicação adequada fortalece os relacionamentos, promove a resolução de conflitos e contribui para o desenvolvimento da empatia e da compreensão dos outros. Ao ensinar comunicação desde cedo, estamos estimulando a criança a se comunicar de maneira saudável e assertiva ao longo de suas vidas.

2 – Resolução de problemas

A capacidade de resolver problemas é valiosa para ensinar as crianças antes dos 10 anos. Assim ele começa a entender, desde cedo, a importância de valorizar mais as soluções do que os problemas. 

Estimular seu filho a enfrentar desafios, incentivando-o a encontrar soluções criativas para os problemas cotidianos, vai ajudá-lo também a desenvolver seu pensamento crítico e capacidade de tomar decisão.

Por um lado, ao aprender a resolver problemas, as crianças melhoram sua capacidade cognitiva e seu desenvolvimento emocional. Por outro, elas começam a lidar melhor com a frustração, a perseverar diante de obstáculos e a desenvolver uma mentalidade positiva em relação aos desafios. 

3 – Empatia

Ensinar a importância da empatia ajuda a criança a se relacionar melhor com os sentimentos dos outros. Por isso, incentive-a a ser gentil, a considerar os sentimentos dos colegas e a ajudar aqueles que estão em dificuldades.

A empatia tem se tornado uma habilidade cada vez mais valorizada nas relações pessoais e no mercado de trabalho. Ela se mostra decisiva na criação de relacionamentos saudáveis e na construção de uma sociedade mais solidária. 

De acordo com a pedagoga Michelle Borba, autora do livro “Por Que Crianças Empáticas se Dão Bem em um Mundo Egocêntrico”, em entrevista à Revista Crescer, crianças ensinadas a terem empatia desenvolvem uma identidade moral, são gentis, pensam mais no coletivo e têm grandes chances de se tornarem agentes de mudança no futuro. 

Ao cultivar a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo e compartilhando seus sentimentos e perspectivas, as crianças também aprendem a valorizar a diversidade, a tolerância, a generosidade e a cooperação.

4 – Pensamento crítico

Começar a desenvolver o pensamento crítico das crianças é essencial para que elas possam analisar informações, tomar decisões e resolver problemas complexos quando forem adultas. Por isso, o pensamento crítico está na lista de habilidades para ensinar às crianças antes dos 10 anos de idade. 

Um ótimo começo é incentivar a curiosidade, fazer perguntas e estimular conversas sobre diversos assuntos. Afinal, o pensamento crítico nos leva a analisar informações de forma objetiva, a questionar suposições, a avaliar evidências e a tomar decisões.

Essa habilidade é crucial em um mundo repleto de informações, onde, em muitos momentos, precisamos discernir entre informações confiáveis e enganosas.

O pensamento crítico também estimula a curiosidade e a busca pelo conhecimento. As crianças são encorajadas a fazer perguntas, explorar novas ideias e desafiar o status quo. Essa habilidade promove um aprendizado mais profundo e duradouro.

5 – Autoconfiança

Outra excelente escolha entre as habilidades para ensinar às crianças está a autoconfiança. Acreditar em si mesmo é uma habilidade que pode ser cultivada desde cedo. Incentive seu filho a se envolver em atividades desafiadoras, elogie seus esforços e conquistas, e mostre confiança em suas habilidades.

Crianças autoconfiantes se sentem mais capazes de lidar com situações novas e desconhecidas. Elas tendem a apresentar maior resiliência diante de fracassos e são mais propensas a persistir e aprender com seus erros. 

A autoconfiança também promove a independência e a iniciativa, permitindo que as crianças tomem ações e assumam responsabilidades por suas próprias vidas. Além disso, a autoconfiança é crucial para o desenvolvimento social. As crianças que confiam em si mesmas são mais propensas a interações sociais positivas e a relacionamentos saudáveis. 

6 – Autonomia

A autonomia permite que as crianças tomem suas próprias decisões, assumam responsabilidade por suas ações e se tornem mais autoconfiantes. Por isso, ser independente é uma habilidade muito importante. Mas vamos com calma! Dê às crianças responsabilidades adequadas à sua idade. Estimule e permita que o pequeno assuma tarefas, mas esteja por perto para ajudar sempre que necessário.

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Ao colocar a autonomia na lista de  habilidades para ensinar às crianças antes dos 10 anos, você ajuda seu filho a enfrentar desafios com mais equilíbrio e a desenvolver uma boa autoestima.  Com autonomia, somos mais capazes de assumir o controle da nossa vida e a respeitar os limites estabelecidos.

Por fim, a autonomia prepara as crianças para a transição para a vida adulta, onde serão confrontadas com maiores responsabilidades e exigências. Ao aprender a serem autônomas desde cedo, elas estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios do mundo real.

7 – Resiliência

A resiliência é a capacidade de lidar com adversidades e superar obstáculos. Ensinar resiliência às crianças prepara o futuro adulto a enfrentar os desafios e adversidades da vida. A resiliência permite que as crianças se adaptem, se recuperem e se fortaleçam diante de situações difíceis.

Ao desenvolver a resiliência, a criança também ganha uma mentalidade positiva, tornando-se capaz de aprender com os erros e encontrar soluções.

A resiliência ainda promove a saúde mental e emocional das crianças. Pessoas resilientes costumam lidar melhor com o estresse, regular suas emoções e apresentar mais autoestima e autoconfiança. Isso as torna mais capazes de enfrentar situações desafiadoras sem serem sobrecarregadas emocionalmente.

8 – Criatividade

A criatividade é uma habilidade valiosa que estimula a imaginação e a busca por soluções inovadoras. No entanto, muita gente pensa que criatividade não se aprende, que a pessoa nasce com esse talento ou não nasce. A boa notícia é que dá, sim, para ensinar uma criança a ser criativa. Com isso, o pequeno passa a pensar de forma flexível e a abordar os desafios de maneiras não convencionais. Isso estimula o pensamento crítico, a curiosidade, a imaginação e a inovação.

Então, para começo de conversa, incentive o pequeno a explorar diferentes formas de expressão artística, jogos de imaginação e atividades que estimulem a criatividade. Ao explorar ideias e soluções de forma colaborativa, as crianças aprendem a trabalhar em equipe, a compartilhar perspectivas e a valorizar a diversidade de pensamento. 

Isso contribui para a construção de relacionamentos saudáveis e para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e cooperação. Afinal de contas, tudo está ligado de alguma forma, contribuindo para uma infância saudável e para uma vida adulta mais equilibrada.

9 – Habilidades digitais

A maioria das crianças já nascem convivendo bem com as tecnologias. Mas direcionar essas habilidades digitais acaba sendo essencial para o desenvolvimento integral dos pequenos. Assim, ensine-as a usar dispositivos eletrônicos de forma responsável, a pesquisar informações on-line e a utilizar ferramentas digitais para criar e comunicar.

As habilidades digitais capacitam as crianças a navegar no mundo digital com segurança, responsabilidade e eficácia. A segurança, aliás, requer uma atenção especial. Quando bem usada, a tecnologia fornece um vasto ambiente de informações e recursos educacionais.

Ela também favorece a comunicação e colaboração, bem como mostra para a criança a importância de temas como cidadania, privacidade, respeito e ética digital.

10 – Trabalho em equipe

A capacidade de trabalhar bem em equipe é essencial na vida pessoal e profissional. Incentive seu filho a participar de atividades em grupo, a ouvir os outros, a colaborar e a respeitar as opiniões e habilidades dos colegas.

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Ao ensinar a capacidade de trabalhar em equipe às crianças, nós adultos também estimulamos outras habilidades. Por exemplo: trabalhar em equipe permite que as crianças aprendam a se relacionar com os outros de forma positiva. Eles aprendem a ouvir, respeitar e valorizar as ideias e perspectivas dos outros. 

Por outro lado, trabalhar em equipe oferece às crianças a oportunidade de desenvolver habilidades de liderança. Elas aprendem a tomar iniciativa, a assumir responsabilidades e a liderar projetos em grupo. Isso promove a confiança em si mesmas e a capacidade de influenciar e motivar os outros.

É bom destacar também que atividades coletivas fazem com que a criança compartilhe conhecimentos, busque atingir metas comuns, aproveite os pontos fortes de cada membro do grupo e explore as suas próprias forças. O aprendizado colaborativo também promove a resolução de problemas de forma criativa e inovadora.

O futuro é agora

Como se vê, essa lista de habilidades para ensinar às crianças antes dos 10 anos é valiosa para o presente e para o futuro. Ao desenvolver aspectos como comunicação, resolução de problemas, empatia e pensamento crítico, pais, mães e outros responsáveis pela educação infantil estão preparando o pequeno para enfrentar os desafios da vida adulta com confiança, resiliência e generosidade. 

Lembre-se também que seu exemplo é fundamental!

Na The Little Gym, oferecemos um espaço seguro e divertido para a criança aumentar a autoconfiança e desenvolver novas habilidades. Fale conosco para saber mais sobre os nossos programas e a metodologia exclusiva de desenvolvimento infantil que criamos!

Por que a diversidade importa para as crianças?

Feche os olhos e imagine uma princesa. Como ela se parece? Muitos de nós pensamos em uma jovem menina branca, de olhos e cabelos bem claros, como a Cinderela que vimos milhares de vezes ao longo da vida, não é mesmo? Agora, pense: quanto ela se parece com as crianças que você conhece ou convive? E as crianças que não se encaixam nesse biotipo, como fica a cabecinha delas diante da falta de representatividade e diversidade?

Enquanto crescemos, os contos de fadas nos ajudam na construção de valores, comportamentos e até da imagem que temos de nós mesmos. Da mesma forma, as histórias que você conta para seu filho e os conteúdos que ele consome contribuem para moldar quem ele será no futuro. 

As afirmações feitas acima são do Instituto NeuroSaber, responsável por um estudo que diz que as crianças passam por 4 estágios de desenvolvimento: 

  • 1 – Sensório-motor – do nascimento até cerca de 2 anos
  • 2- Pré-operacional – 2 a 7 anos de idade
  • 3- Operacional concreto – de 7 a 11 anos
  • 4- Operacional formal – a partir de 11 anos

É no segundo estágio que elas desenvolvem a memória e a imaginação, etapa que nos interessa especialmente neste artigo sobre representatividade e diversidade. 

Imaginação

Sabe o que tudo isso tem a ver com a representatividade nas histórias? Tudo! 

Enquanto ouvem, leem e assistem histórias sobre princesas, príncipes e heróis, as crianças estão articulando sua imaginação e construindo, a partir dela, a imagem que possuem do mundo. 

Para exemplificar, podemos citar o novo filme da Pequena Sereia, personagem da Disney que será interpretada pela atriz negra Halle Bailey. Com a divulgação do teaser do filme e a revelação da aparência de Ariel, um vídeo circulou pela internet com meninas negras encantadas pela diversidade e representatividade na tela. As crianças ficaram emocionadas em frente à TV ao constatarem que a princesa é negra, assim como elas. 

Clique aqui para ver o vídeo.

Ao se verem representadas na história da pequena sereia, as meninas puderam sentir que pertencem àquele mundo também, que podem ser fortes, corajosas, aventureiras e bonitas. 

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Afinal, todas as princesas e príncipes são descritos como pessoas muito bonitas, mas, se a beleza só está representando um padrão, o que isso quer dizer sobre as crianças que não atendem esse padrão? 

Diferenças e aceitação

Além disso, ao oferecer às crianças narrativas que tenham diversidade e representatividade, permitimos que elas descubram as diferenças. Assim também elas aprendam a aceitar essas diferenças, sejam elas sociais, de cor e raça, idade, orientação sexual e muito mais. 

E, para além das histórias, filmes e livros, também é importante que as crianças estejam rodeadas de pessoas com vivências diferentes. Desta forma, é possível testemunhar sobre o que elas estão lendo, ouvindo ou vivendo. É assim que construímos um futuro saudável e respeitoso para todo mundo. 

Comece agora mesmo a apresentar conteúdos representativos para seu filho. Você vai assistir ao desenvolvimento de seus valores, comportamentos e autoestima acontecer como em um passe de mágica!

5 formas de levar educação financeira às crianças

Precisamos falar sobre a educação financeira das crianças. Mesmo que o tema pareça chato ou assustador à primeira vista, as conversas sobre dinheiro ajudam a criar adultos mais responsáveis com as finanças.

Do contrário, se o assunto não faz parte da infância, as chances de termos um adulto que não sabe o real valor do dinheiro são enormes. É por isso que a educação financeira precisa começar desde cedo.  

Para começar, vale lembrar que a chave de uma boa educação financeira infantil passa por entender a gerenciar recursos. 

Afinal, não estamos falando apenas de dinheiro. A lógica vale para brinquedos, material escolar, roupas e outros itens de uso diário do seu pequeno. Como ensiná-lo a lidar de forma equilibrada com o consumo?

Separamos 5 dicas para a educação financeira das crianças.

1 – Faça uma venda de garagem ou leve seu filho a um brechó

Vendas de garagem e brechós são divertidas e sustentáveis. Que tal aproveitar aquela organização dos armários para reunir brinquedos, livros e roupas que não servem mais e criar um evento envolvendo a vizinhança? 

Se preferir, escolha um brechó e leve seu filho para ver como funciona, na prática, esse tipo de economia. 

Brechós e vendas de garagem podem ser  super divertidos. Ambos também são oportunidades maravilhosas para falar sobre reutilização e reciclagem.

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As crianças mais novas vão adorar escolher um livro ou brinquedo. E as mais velhas poderão descobrir rapidamente que o dinheiro da mesada vai muito mais longe nestes espaços do que no shopping, por exemplo. 

2 – Aposte em games de educação financeira 

Da próxima vez que seu filho pedir um tempo para usar o computador, deixe-o experimentar alguns dos jogos online que ensinam habilidades sobre dinheiro. Muitos sites de cooperativas de crédito têm jogos e outras atividades, como páginas para colorir. 

Jogos de tabuleiro também abordam a educação financeira de forma leve e divertida Os bons e velhos jogos de tabuleiro, como Banco Imobiliário e Jogo da Vida, por exemplo, são uma ótima pedida. 

“Sem perceber, a criança começa a dar mais valor ao dinheiro, pois sabe que não pode gastar descontroladamente. Se não, acaba”, diz Liao Yu Chieh, professor e head de educação do C6 Bank, em entrevista ao site e | investidor do jornal O Estado de São Paulo.

Chieh explica na reportagem que os games que envolvem dinheiro de mentirinha ensinam a gerir ganhos e despesas. O professor ressalta que as crianças aprendem que todas as decisões têm consequências monetárias.

3 – Defina uma meta de poupança familiar

Seu filho quer ir para a Disney ou sonha com outra viagem? Ele gostaria de um brinquedo especial? Coloque uma meta de longo prazo e comece um fundo em uma caixinha ou cofrinho, sugere o escritor Sam Renick, autor do livro infantil It’s a Habit, Sammy Rabbit! 

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A obra, ainda sem tradução para o português, ensina educação financeira para crianças de forma divertida e interativa. Isso faz com que a família trabalhe em equipe, diz Renick. 

Os pequenos podem ajudar a depositar seu troco no cofrinho e até contribuir com parte de sua mesada de tempos em tempos.

4 – E por falar em mesada…

Uma das maiores aliadas na educação financeira infantil é a mesada. Especialistas indicam que a prática pode ser adotada a partir dos 4 anos de idade.

De acordo com a psicóloga Cristiane Alves Lorga, em entrevista ao blog Sempre Família, o ideal é começar com uma “semanada”. Ao receber uma quantia semanal em dinheiro, a criança aprende a esperar, a definir prioridades e a poupar para atingir um determinado objetivo. 

“É importante que fique claro, tanto aos pais, quanto aos filhos onde e com o quê a criança vai usar a semanada, e ela precisa ser condizente com os custos do filho. Por exemplo, se ela for para compra de lanche na escola, é feito um cálculo real e suficiente para o lanche da semana. Caso a criança queira economizar para compra de algo extra, ela levaria lanche de casa. Outra boa ideia seria sentarem para ajustes mensais, no começo, assim os pais também acompanham a desenvoltura do filho”.

Cristiane Alves Lorga, psicóloga, em entrevista ao blog Sempre Família

Vale lembrar ainda que a melhor forma de ensinar é ser exemplo. E isso vale também para o equilíbrio dos gastos da família. Ao assistir à família gastar com responsabilidade, seu filho tende a crescer igualmente responsável com o dinheiro dele.

5 – Visite o banco físico ou virtual 

Levar seu filho ao banco vale mais do que apenas um pirulito grátis. Observar as transações bancárias ajuda as crianças a entender o que realmente é o dinheiro. Deixe seu filho participar o máximo possível.

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À medida que seu ele cresce, considere abrir uma conta para ele e ajude-o a aprender a controlar suas economias. Muitos bancos e cooperativas de crédito têm contas especiais sem taxas para crianças, com materiais educativos e atividades online que ajudam na educação financeira.

Por fim, não se esqueça que a compreensão de que algumas pessoas têm mais do que outras – e que aqueles com mais podem ajudar os que têm menos – sempre deve fazer

5 maneiras realistas de falar sobre dinheiro com as crianças

O dinheiro faz parte da nossa vida diariamente. Precisamos deles para comer, nos divertir, cuidar da saúde, pagar boletos… E sabe de uma coisa? Nossos filhos devem ser envolvidos nesta conversa desde cedo. É claro que há maneiras e maneiras de falar sobre dinheiro com as crianças e nem todas são indicadas para menores.

Mas é melhor ser realista conversar sobre finanças com elas crianças do que deixá-las crescer mal informadas sobre o assunto.

Ao ensinar os pequenos sobre como funciona o mundo do dinheiro, nós os ajudamos a tomar decisões financeiras inteligentes ao longo da vida.

Enquanto algumas pessoas nascem com talento para cuidar das economias, outras nem tanto. Mas, com maior ou menor talento, todos nós somos capazes de aprender a administrar as finanças de maneira adequada.

Quanto mais cedo começarmos a falar sobre dinheiro com as crianças, melhor.

Para começar, ensine o valor do dinheiro

Em primeiro lugar, você deve ensinar a seus filhos o valor do dinheiro. Mostre o nome das notas e moedas e explique quanto elas valem, o que podem comprar, de modo que eles comecem a entender o peso de cada numerozinho daqueles.

Fale abertamente sobre as decisões monetárias da família

Você não deve ter que esconder as decisões financeiras de seus filhos. Se você estiver pagando contas ou tiver uma despesa significativa chegando, explique que a família precisa economizar ou cortar um ou outro item por um período de tempo.

A sinceridade ao falar sobre dinheiro com as crianças é a melhor estratégia.

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Não faz nenhum mal à criança entender que as coisas custam dinheiro e que a comida, roupas e brinquedos não aparecem magicamente em casa.

Tenha um cofrinho transparente para economias

Cofrinhos são ótimas maneiras de ensinar uma criança a poupar. Ela geralmente adora colocar seus ganhos em um cofrinho. Perceber seu crescimento monetário visualmente faz os pequenos compreenderem com mais facilidade o conceito de dinheiro.

Cada vez que uma moedinha é colocada no pote, seu filho pode ver o aumento e ficar entusiasmado por estar economizando! Isso certamente vai ajudar você na hora de falar sobre dinheiro com as crianças,

Jogue jogos de tabuleiro que envolvem dinheiro

O que é mais divertido do que uma noite de jogos em família? Jogos como Banco Imobiliário ensinam valiosas habilidades com dinheiro. Embora o dinheiro seja falso, seus filhos podem aprender como é gastar dinheiro, endividar-se e investir para um futuro tranquilo.

Brincando, as crianças terão uma ideia de como funciona o mundo do dinheiro e poderão aprender a pensar em prioridades e a ter melhores hábitos de consumo no futuro.

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Deixe-os pagar por algo que desejam

As crianças sempre querem coisas, seja um novo videogame ou uma boneca. Esses itens não são algo de que eles precisam, então, deixe-os economizar e pagar eles mesmos por isso.

É uma excelente forma de fazer os pequenos perceberem que é preciso economizar e, às vezes, se sacrificar um pouquinho para conquistar as coisas na vida.

Como vimos, não é tão difícil usar o contexto diário para ensinar os pequenos a lidarem com as finanças. Afinal, mesmo quando a gente não percebe, o dinheiro está envolvido na vida cotidiana. 

Você provavelmente gasta dinheiro todos os dias, seja para fazer compras, comer em um restaurante, pagar luz, telefone ou condomínio e uma série de outras despesas. 

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Cada vez que você tira dinheiro ou seu cartão de crédito ou débito, pode ser uma excelente oportunidade para ensinar seus filhos sobre dinheiro.

Deixe que eles o ajudem a contar o dinheiro de uma compra ou peça que ajudem a preencher um formulário online ao fazer uma compra pela internet. Quanto mais frequentemente eles participarem dos gastos, mais habilidades ligadas à prosperidade financeira você irá incutir neles.

5 livros para ensinar gratidão às crianças

Ensinar gratidão às crianças, bem como outras habilidades sociais como a paciência e a empatia, é uma prática que se desenvolve à medida que crianças são incentivadas pelos adultos a agradecer, a ouvir e a se colocar no lugar do outro. 

Outro caminho que contribui muito para despertar sentimentos positivos nos pequenos é aproveitar o poder das histórias, histórias de personagens que modelam um comportamento exemplar ou que são eles próprios ótimos exemplos. 

Afinal, histórias mostram em vez de contar, materializando conceitos abstratos como gratidão e perseverança em exemplos de pessoas reais. Por isso, para marcar o final de um ano tão atípico como 2020, resolvemos compartilhar com vocês 5 dicas de leitura que celebram a generosidade e a beleza de pequenos atos. 

Elas são ótimas para ensinar gratidão às crianças e ainda se divertir durante a leitura!

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Acreditamos que agradecer também é extremamente relevante para o desenvolvimento infantil integral. Quando a criança passa por experiências de gratidão e respeito, ela tem mais chances de desenvolver habilidades como aceitação do outro, trabalho em equipe e convívio com as diferenças.

Além disso, ensinar gratidão às crianças também gera cumplicidade e conexões, contribuindo para relacionamentos e ambientes mais saudáveis para os nossos pequenos. 

São livros infantis, mas garantimos que os adultos podem gostar muito da leitura também. Leia, compartilhe com a sua família, converse com as crianças e divirta-se com essa seleção literária de fazer até o papai noel tirar o chapéu! 

1 – Coisinhas à Toa que Deixam a Gente Feliz

De Ruth Rocha e Otavio Roth
Ilustrações de Mariana Massarani 
Editora Salamandra

Nesta série de quatro livros, a veterana escritora de livros infantis Ruth Rocha se une a Otavio Roth para festejar o melhor dos pequenos prazeres da vida. Ter alguém para abraçar, passarinhos na janela, acordar com cafuné, começar um caderno novo, brigadeiro na panela, cheirinho de mato molhado, fazer um amigo feliz e muito mais… O livro mostra, de forma leve e divertida, a importância das coisinhas que têm um enorme poder de melhorar o nosso dia e estimula crianças – e também adultos – a agradecer por elas. É ou não é uma excelente forma de ensinar gratidão às crianças?

2 – Lina e o Balão

De Komako Sakai
Editora Pequena Zahar

Em um passeio, a pequena Lina ganha um balão amarelo, que leva para casa amarrado no dedo. Ela não se desgruda do balão, até que um vento forte carrega o objeto até o topo de uma árvore, interrompendo os planos da menina. Sua mãe promete que, no dia seguinte, pegará uma escada para alcançar o balão amarelo, e Lina se acalma. Até que uma surpresa muda tudo… e a gente não vai estragar o desfecho criado pela Komako Sakai, que retrata com sensibilidade e doçura a descoberta da amizade e suas alegrias.

3 – O Livro da Gratidão

De Todd Parr
Editora Panda Books

Com desenhos bem coloridos, altas doses de sensibilidade e muito bom humor, o Todd Parr mostra que as coisas simples passam despercebidas no dia a dia, mas são elas que fazem o verdadeiro sentido da vida. Assim, ele nos lembra que podemos ser gratos, por exemplo, pela amizade, pelo carinho dos seus bichos de estimação e até mesmo pelas cuecas que servem direitinho! Aliás, outro ótimo livro de Parr é O Livro dos Sentimentos, que explica direitinho aos pequenos sobre raiva, medo, ansiedade e alegria.

4 – Adivinha quanto eu te amo

De Sam McBratney
Ilustrações de Anita Jeram
Editora Martins Fontes

Um coelhinho se esforça para mostrar o tamanho do amor que ele tem pelo pai. O Coelho Pai entra na brincadeira, mas ambos percebem que não é fácil medir o amor. A história do Sam McBratney foi lançada em 1994 no Reino Unido e em 1996 no Brasil. Além disso, ela já foi publicada em mais de 30 idiomas! Em uma narrativa envolvente, ele nos faz refletir sobre esse sentimento de maneira simples e excepcional e dá várias deixas para ensinar gratidão às crianças e conversar com elas sobre o amor. 

5 – Malala, a menina que queria ir para a escola 

De Adriana Carranca
Ilustrações: Bruna Assis Brasil

A história de Malala Yousafzai correu o mundo e, aqui, é contada para crianças. A menina nascida no Paquistão cresceu entre os corredores da escola de seu pai e era uma das primeiras alunas da classe. Quando tinha 10 anos, viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista, que baniu as mulheres das ruas e determinou que somente os meninos poderiam estudar. No entanto, Malala foi ensinada desde pequena a defender aquilo em que acreditava e lutou pelo direito de continuar estudando. 

E aí, gostou das dicas? E que tal conhecer as atividades que a The Little Gym oferece para cada faixa etária? Clique aqui e veja os nossos programas ou fale com a nossa equipe.

5 dicas para montar uma horta caseira com seu filho

Em tempos de isolamento social, a busca por atividades divertidas em casa e longe dos computadores e celulares está, mais do que nunca, no radar de pais e mães. Hoje vamos falar de uma elas: montar e manter uma horta caseira. Além de divertir a família inteira, o hábito estimula a alimentação saudável, reduz o estresse, incentiva o cuidado com o meio ambiente, proporciona o acesso a ingredientes fresquinhos e até ajuda a deixar a casa mais bonita! 

E vale lembrar que plantar em casa não é exclusividade de quem tem um quintal espaçoso. Afinal, temperinhos como hortelã, salsinha e cebolinha, alecrim e manjericão e hortaliças como alface, couve e brócolis pegam super bem em lugares pequenos. 

Cuidar das plantinhas também ensina noções como paciência, organização e responsabilidade para as crianças. A horta caseira ainda vai aumentar seu tempo em família, não apenas em quantidade, mas, principalmente, em qualidade, longe das telas e com a mão na terra. 

Onde fazer a horta caseira?

O primeiro passo para ter uma horta caseira é escolher onde ela vai ficar. O local deverá receber luz solar sempre que possível, aproximadamente 5 ou 6 horas por dia, além de estar protegido contra o vento e em um local de fácil acesso para as crianças da casa. 

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Em espaços abertos é possível utilizar telas de sombrite para combater o sol em excesso, ou até mesmo instalar sua horta caseira em consórcio com outras espécies maiores, como arbustos e árvores, que sirvam de barreira contra o vento e sol excessivos. Uma dica extra: direcione os canteiros no sentido do pôr do sol, para que as plantas consigam aproveitar melhor a luz solar.

Você pode usar vasos, jardineiras ou até garrafas pet recicladas, organizadas em uma horta vertical para aproveitar o espaço ocioso na parede da varanda ou da sala, por exemplo. 

Jardineiras tendem a ser mais compridas, oferecendo liberdade para montar uma horta orgânica de hortaliças, por exemplo, já os vasos separados são viáveis para quem pretende cultivar espécies diferentes e organizá-las em diferentes locais. 

O cultivo também pode ser realizado em locais alternativos. Uma caixa de leite, por exemplo, pode servir como recipiente para o cultivo de uma planta, como couve ou brócolis ou várias cenouras.  Para a horta caseira podem também ser usadas embalagens como latas, potes e vasos.

Vasos, jardineiras, canteiros

A grande vantagem de vasos ou jardineiras em relação aos canteiros fixos é que é possível montar ambientes decorativos. Uma das dicas que os decoradores costumam dar, por exemplo, é transformar uma parede qualquer em uma horta vertical.

Já os vasos separados são mais indicados para quem deseja cultivar espécies diferentes e colocá-las em locais diferentes da casa. A varanda do apartamento pode receber vasos de arenito ou terracota com ervas e temperos de diferentes alturas, por exemplo. 

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Se você preferir cultivar suas espécies diretamente no solo, uma boa opção são os canteiros de plástico ou cerâmica. Se quiser, vale utilizar blocos, tijolos, pneus ou qualquer outro material que a criatividade permitir, ao redor dos canteiros, para combater a erosão.

Dá para plantar até pequenas árvores frutíferas, como pés de pitanga, jabuticaba e romã estão entre os indicados. No entanto, é importante lembrar que algumas hortaliças não devem ser cultivadas no mesmo recipiente de outras espécies. Vale fazer uma pequena pesquisa antes de escolher o que juntar num mesmo recipiente.

O solo da horta caseira

A preparação da terra que receberá as sementes da horta orgânica é o terceiro passo na nossa jornada em família. Afinal, por meio dele as plantas caseiras receberão os nutrientes necessários para crescer. O solo deve ser fértil e fofo. Também deve manter-se úmido, mas nunca encharcado, para evitar fungos ou bactérias.

O solo para produzir em vasos, conhecido como substrato, deve receber a adubação correta. Mas não se preocupe, pois a maioria das lojas de plantas e equipamentos de jardinagem, e até mesmo alguns supermercados, vendem a terra já preparada. Depois, para manter o solo fértil, borra de café e casca de ovo são excelentes escolhas.

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A adubação com composto orgânico aumenta a fertilidade do solo e sua capacidade de fornecer nutrientes para as plantas. Além disso, adubos dão mais resistência a doenças. Para fazer adubo orgânico, é muito simples: faça um buraco na terra e jogue restos de folhas, cascas de frutas e ovos. 

Cuidados no dia a dia

Para começar a montar sua hortinha caseira, coloque no vaso escolhido uma camada de argila expandida ou de pedras cobrindo o fundo. Assim, você consegue uma drenagem natural para a plantinha. Adicione areia grossa, que facilita o escoamento e previne possíveis doenças nas raízes das plantas. 

Em seguida, coloque uma camada de terra com adubo e plante a muda ou semente, distribuindo uma pequena quantidade de terra adubada por cima para cobrir a raiz. Regue e cubra a terra com folhas secas ou pedrinhas para manter a umidade do solo. 

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Enquanto as plantinhas crescem, é recomendável retirar ervas daninhas que competem por nutrientes. Para isso, você pode usar uma pequena pá específica para jardinagem ou mesmo uma colher antiga. 

Observe as folhas para ver se não há pragas. Se a planta estiver contaminada, arranque as folhas doentes. 

A manutenção de hortas não é difícil, mas exige regularidade e paciência, pois o principal cuidado é regar diariamente as plantinhas caseiras para que elas não percam seu vigor. Quando o tempo estiver seco, devemos lembrar de irrigar a horta todos os dias. Devemos regar também sempre que as folhas estiverem murchas ou caídas e logo após o plantio.

É importante manter a terra sempre úmida e nunca irrigar com sol forte, mas sim no final da tarde ou no início da manhã. Depois, é só esperar que elas cresçam para aproveitar o que foi produzido em casa e em família! 

Uma listinha do que plantar

Pra terminar, vamos te contar que muitos alimentos do nosso cardápio diário são alimentos de fácil cultivo. É importante lembrar que as frutas, verduras e legumes variam de acordo com a época do ano, portanto, é bom plantar mais de um tipo de fruta ou verdura para ter pelo menos uma produzindo, independentemente da estação. Todos eles precisam dos mesmos ingredientes: água, luz e um solo saudável.

Separamos alguns exemplos: 

✔️Agrião
✔️Alface
✔️Beterraba
✔️Cebolinha
✔️Cenoura
✔️Coentro
✔️Hortelã
✔️Manjericão
✔️Orégano
✔️Rabanete
✔️Rúcula
✔️Salsinha 
✔️Tomilho

No mesmo vaso, você pode plantar até duas espécies, desde que as características delas sejam parecidas. Também é importante observar a distância entre elas. Manjericão e coentro, por exemplo, podem ser plantados no mesmo vaso, a uma distância de 30cm um do outro. Orégano e manjerona também podem ocupar o mesmo vaso, desde que estejam distantes 30cm.

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Você pode optar por sementes plantadas diretamente no solo, como aquelas que encontramos no supermercado, em pequenos pacotes. Pode, ainda, utilizar mudas, compradas em lojas de jardinagem ou sites especializados. O importante é o cuidado e o amor com as suas plantinhas! 

Precisamos falar sobre o racismo com os nossos filhos

De um modo geral, ninguém nasce racista. Basta olhar a forma de agir de crianças menores para comprovar que elas não odeiam ou discriminam amiguinhos pela cor da pele, origem ou religião. Mas é preciso falar de um racismo silencioso, o chamado racismo estrutural, que nós adultos devemos combater todos os dias se quisermos criar crianças melhores e mais preparadas para conviver com a diferença ao longo da vida.

“Desde bebê, o filho precisa saber que existem pessoas diferentes e como lidar com elas”, resume a psicóloga Livia Marques, autora do livro Dandara e Vovó Cenira, em entrevista à Revista Crescer.

No livro, uma menininha negra sofre por ser diferente dos colegas da escola. Um dia, ela ouve da sábia avó a história de como aprendeu a gostar de seu cabelo e suas feições. Assim, a obra infantil nos ensina sobre o racismo, a importância de manter laços com nossa história familiar e incentiva a pensar sobre diversidade e respeito ao próximo.

Se quiser conhecer um pouco mais da obra da Livia Marques, dá para ler o primeiro capítulo de Dandara e Vovó Cenira clicando aqui. Mas antes convidamos você o leitor do nosso artigo a fazer uma autoavaliação sincera. Você faz piadas ou comentários negativos sobre os negros ou sobre cabelos crespos, por exemplo? Você usa, mesmo sem intenção de ofender, expressões como “cabelo de Bombril” ou “dia de branco”?

Com empatia, sem preconceito

Afinal, não adianta esperar que a criança lide com as diferenças na rua se, no ambiente familiar, temos comportamento oposto. Esse tipo de comportamento esconde o racismo estrutural de que falamos ali em cima. E, mesmo que a gente não perceba, ele contribui para que mais negros morram diariamente por causa da violência, para que menos mulheres cheguem a cargos de chefia nas empresas, para que pessoas com deficiência não possam trabalhar ou sair de casa e muitas outras desigualdades.

Além disso, dê uma olhada em volta: há diversidade no convívio do seu filho? De que forma ele é estimulado a lidar com as diferenças, entendendo que diferenças não são defeitos? Como os adultos próximos a ele se relacionam com pessoas de outras culturas, religiões, raça ou orientação sexual, por exemplo? 

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Dizer que não somos preconceituosos, portanto, não basta para que nossos filhos também não sejam. Exemplos e atitudes valem mais do que palavras. Por isso, listamos 4 maneiras bem simples de estimular o respeito às diferenças no dia a dia. Elas não custam nada e, com certeza, vão ajudar pais e mães e criar crianças mais empáticas. Você vai ver como, lá na frente, isso fará uma enorme diferença para a vida de muitas e muitas famílias. 

1. Seja um exemplo

Quando a noção de igualdade e respeito está clara para o adulto, ela tende a ser naturalmente incorporada pelas crianças. Se o que ela vê em casa é o respeito com todos os seres humano, provavelmente vai reproduzir isso. Não tem idade certa e nem um dia específico para falar com o seu filho sobre discriminação. 

Conforme ele fizer perguntas sobre o assunto, converse com sinceridade e franqueza. Explique que as pessoas são  diferentes na aparência, mas devem ser respeitadas igualmente. Mostre que todos os seres humanos têm alturas diferentes, assim como peso, cor de pele, de olho e de cabelo. Da mesma forma, há diversas línguas e costumes pelo mundo. Até as brincadeiras que as crianças fazem no Brasil e em outros países mudam! 

E observe, sempre, as suas próprias atitudes com relação ao que vocês estão conversando. Crianças são muito instintivas e se espelham nas atitudes dos adultos em que confiam e que admiram.

2. Mostre a diversidade na prática

Com crianças menores, é bacana inserir referências diferentes, de outras culturas e raças, em suas brincadeiras, bonecos, personagens de desenho, músicas, passeios e por aí vai. Conforme ela for crescendo, o ideal é que o assunto faça parte das conversas em família de maneira transparente.

Nosso comportamento é pautado em exemplos. Por isso, é tão importante que a gente tenha valores bem estruturados na infância, para formar cidadãos mais conscientes. Os valores que se estabelecem na memória de uma criança permanecem e se transformam ao longo da vida, fortalecendo a importância do respeito por tudo, ainda que diferente.

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Assim, uma maneira que pode ser eficiente para educar quanto ao respeito pela diversidade é a exposição a situações que podem ser reais, como a convivência da criança com pessoas diferentes dela, ou fictícias, como filmes, peças de teatro e livros que retratem diferenças. 

Também vale mostrar que existem reis e rainhas negros, bonecos e heróis como o Pantera Negra. A história e a mitologia africana e afrobrasileira são fonte de relatos incríveis, hoje descritos em diversas obras infanto-juvenis. Um exemplo é a história de Dandara e Vovó Cenira que mostramos ali em cima. Mas há muitos outros, que você pode buscar na internet.

3. Dê suporte

Caso o seu filho tenha sido discriminado por conta de alguma diferença, apoie-o, explique que os direitos são iguais para todos, independentemente de raça, cor ou religião. 

Casos de discriminação contra a criança devem ser denunciados no conselho tutelar da sua cidade, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. Há diversas leis que protegem contra a discriminação e preveem punições para quem discrimina. 

Fique de olho, pois muitas vezes uma criança pequena não conseguirá verbalizar o que aconteceu com ela. Ela pode ficar mais amuada, quietinha. Essas mudanças de comportamento não podem passar batido, pois os efeitos negativos para o desenvolvimento infantil são graves. “A criança pode desenvolver transtornos de ansiedade, estresse pós-traumático, isolamento social e muitos outros que impactarão sua vida adulta”, aponta Livia. 

4. Não é brincadeira

Se o caso for o seu filho repercutir uma fala racista, independentemente da idade dele, não releve! Enquanto ele está “passando por uma fase” ou “fazendo uma brincadeira”, outra criança pode estar sofrendo e pode ter cicatrizes pelo resto da vida. Explique que é errado, mostre que aquele comportamento não é aceitável e reveja se é algo na dinâmica da família que está transmitindo ideias preconceituosas para ele.

Aproveite notícias de grande repercussão, como por exemplo o assassinato do ex-segurança George Floyd e a série de protestos que ela desencadeou pelo mundo, para falar sobre o assunto e tirar dúvidas dos pequenos, caso eles tenham. 

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Observe também como o tema é tratado na escola. A escola é um excelente meio de convivência com a diversidade. Portanto, se alguma criança dá apelido à outra, por exemplo, ou trata o colega de forma discriminatória naquele ambiente, é função da escola conversar, para que as crianças entendam que todos têm semelhanças e diferenças. 

A conversa sobre o racismo deve continuar em casa, sempre com transparência e sinceridade. Mesmo tomando todo o cuidado, dialogando e agindo contra a discriminação, o racismo não vai sumir do dia para a noite. Ele existe há muito tempo e não é fácil eliminá-lo. 

Uma coisa é certa: a solução para o fim do preconceito está nas crianças. E por isso a responsabilidade dos adultos é tão grande em contribuir para a criação de pequenos cidadãos antirracistas. 

Crianças em casa: 5 dicas para criar uma rotina realista

A maioria dos pais tira de letra quando as crianças estão em casa, um dia ou dois, em caso de doença ou algum imprevisto. Mas, com o coronavírus forçando o fechamento de escolas em todo o país e as medidas de distanciamento social levando muitos de nós a trabalhar em casa, a coisa complicou. Então, precisamos de um novo plano. Uma programação diária simples e flexível que ajudará a aliviar parte da tensão deste momento.

Veja como criar uma programação realista:

Estime suas horas de trabalho

Trabalhe com sua equipe para descobrir suas principais prioridades nas próximas semanas, tendo em mente que milhões de pessoas estão enfrentando a mesma situação com crianças em casa e talvez não seja possível obter uma semana de trabalho completa toda semana durante o fechamento da escola.

Priorizar é a chave.

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Observe sua carga de trabalho no início de cada semana e calcule quantas horas você precisará para concluir tudo o que precisa ser feito. Use esse número para descobrir quantas horas você precisará por dia.

Programe turnos se puder

Para quem tem um parceiro, vale conversar e descubrir quais turnos você pode dividir com ele neste momento de crianças em casa. Programe com antecedência quem está no serviço de paternidade e quem está no trabalho naquele horário. Por exemplo, um pode trabalhar das 6h às 13h e o outro, das 13h às 20h.

Essa é uma programação normal? Não, mas oferece sete horas de trabalho todos os dias.

Dedicar um tempo para se comunicar e elaborar um plano que priorize o tempo para vocês dois ajudará muito a evitar problemas nas próximas semanas.

Construa um jogo independente

Embora possa parecer melhor tentar fazer o trabalho enquanto brinca com seus filhos, na realidade isso é uma meta difícil de ser atingida. As crianças ficam frustradas quando sentem que realmente não estamos prestando atenção nelas. E, naturalmente, também odiamos quando somos interrompidas 15 vezes enquanto tentamos enviar um único e-mail.

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Em vez disso, enquanto estiver com as crianças em casa, programe um horário todos os dias em que você espera que seu filho aprenda de forma independente. Isso pode ser difícil no começo, mas ele vai se adaptar se você for firme. Realmente ajuda se atividades independentes forem agendadas no mesmo horário todos os dias. Pense em que horas seu filho pode ter mais sucesso aprendendo de forma independente. Uma dica: provavelmente não é no final da tarde!

Planeje trabalhar ao lado de seu filho em meio período

Tenha momentos em sua programação diária, onde você trabalha ao lado do seu filho. Isso vai ajudá-lo a ser independente. Crie uma lista de projetos, como uma redação sobre um livro de historinha, por exemplo, que ele pode fazer enquanto vocês estiverem sentados juntos, com você trabalhando. Mesmo uma criança mais nova pode ter algum tempo para desenhar ou colorir enquanto você trabalha na mesma mesa.  

Mantenha-se adaptável e realista

Muitos de nós rimos da planilha otimista de “programação diária” que os pais compartilharam quando as escolas começaram a fechar.

Você começou com uma programação que incluía uma hora de ioga, artes e ofícios, seguida de algumas horas de leitura independente, perfeitamente programadas para as reuniões da tarde, mas nada disso funcionou? Saiba que você não está sozinho! 

Em vez de criar um cronograma com base nas atividades que você deve planejar todos os dias e correr o risco de se seu filho perder o interesse ou uma reunião aparecer no seu calendário, tente criar um cronograma com base nos tipos de tempo em família que incorporam esses elementos básicos para essa temporada com crianças em casa. Por exemplo:

  • Tempo de conexão familiar 
  • Tempo de aprendizado independente 
  • Tempo de aprendizagem com a sua orientação
  • Hora da refeição e lanche 
  • Descanso
  • Tempo de jogo independente 
  • Tempo de tela ou tempo de tecnologia 

A seguir, colocamos um exemplo real de programação com base nesses blocos. É claro que você pode fazer o que quiser, mas o importante é que você e seu filho saibam que tipo de tempo com a família esperar todos os dias.

É especialmente útil que isso aconteça em uma programação consistente, o que dará uma sensação vital de normalidade a esses tempos muito estranhos.

7h: Despertar + se conectar com as crianças

Mesmo se você estiver super estressado com a sua lista de tarefas, uma boa estratégia é começar o dia desenvolvendo pouco de atividades com seu filho. Isso ajudará a prepará-lo para que seja mais independente no resto do dia.

Você também pode usar esse tempo para trabalhar com ele no aprendizado: leia junto após o café da manhã, pratique as habilidades matemáticas que ele estiver aprendendo ou trabalhe em uma atividade ou lição enviada para casa da escola pelo professor do seu filho.

9h: Separe os materiais escolares

Passe alguns minutos ajudando seu filho a iniciar o dever de casa, caso a escola tenha enviado algum, e depois trabalhe ao lado dele. Se não tiver deveres da escola, nossa dica é colocá-lo para montar um projeto de Lego, um quebra-cabeças ou algum tipo de arte que ele ame o suficiente para brincar de forma independente.

12h: Almoço

Dentro do possível, guarde os telefones celulares e mantenha o foco na refeição. Essa dica vale não apenas para o período de quarentena com crianças em casa, mas para qualquer período!

13h: Cochilo para crianças pequenas, brincadeira independente para as mais velhas

No caso de filhos que já passaram da idade de hora do cochilo, estabeleça um “tempo de silêncio” regular ou um tempo de jogo independente no quarto após o almoço. É importante que isso aconteça aproximadamente à mesma hora todos os dias (ou pelo menos no mesmo ponto da sua rotina diária).

15h: Hora opcional da tela

Passe alguns minutos se reconectando ao seu filho após o término da brincadeira independente e, em seguida, convém liberá-lo para mais um tempo de tela, especialmente se você ainda tiver trabalho a fazer e não tiver um parceiro com quem trocar. Se você não quiser o tempo da tela, uma opção é colocar um áudio livro infantil.

Para uma criança mais velha, você também pode usar esse tempo para atribuir tarefas acadêmicas a serem concluídas. Peça-lhes que leiam alguns capítulos de um livro ou solicitem que escrevam uma história criativa.

16h: Façam algumas tarefas juntos

Se todo mundo estiver em casa o dia todo fazendo mais do que a quantidade normal de bagunça, uma coisa é clara: manter a casa limpa é tarefa de toda a família agora. Você simplesmente não terá tempo ou energia para fazer isso sozinho.

Portanto, convoque seu filho para ajudar nas tarefas domésticas. As crianças pequenas geralmente gostam de dobrar a roupa ou ajudar com a louça e cozinhar. Qualquer que seja a idade do seu filho, há uma tarefa apropriada à idade que ele pode fazer para ajudar em casa.

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Pode ser que filhos acostumados a ter toda a sua atenção sempre que estão em casa se aborreçam nos primeiros dias. Mas não se preocupe! As crianças são adaptáveis ​​e realmente são capazes de brincar e aprender de forma independente. Afinal, eles trabalham e brincam sem a gente na escola o tempo todo!

Crie um cronograma simples, avalie após uma semana ou mais e faça as alterações necessárias para o período com crianças em casa. Lembre-se, mamãe: estamos todos juntos nisso e vamos superar isso!

Texto originalmente publicado em inglês no site Mother.ly.