Uma criança com autonomia e responsabilidade na medida certa tende a se transformar num adulto mais independente, mais seguro e mais preparado para lidar com os desafios da vida de forma consciente e ética. Mas como acertar esta equação, estimulando a capacidade do pequeno de agir por si mesmo sem sobrecarregá-lo, tomar decisões e assumir as consequências com suporte, ensinando o cumprimento de seus deveres de forma segura e assertiva?
Para começo de conversa, criar uma criança com autonomia e responsabilidade exige bons exemplos e um pouquinho de paciência. O processo passa por oferecer opções e liberdade, dentro dos limites. Quanto mais prática as crianças tiverem em fazer escolhas por si mesmas, melhor.
Ao criar oportunidades para que eles façam escolhas orientadas, ajudamos nossos filhos a desenvolverem senso de responsabilidade e confiança na tomada de decisões. Eles também vão sentir que suas preferências, ideias, desejos e necessidades são respeitados e valorizados pela família.
Criança com autonomia em construção
É uma construção, conforme aponta a psicanalista Fernanda Lopes, em entrevista à Revista Gama. De acordo com a especialista, um bebê depende mais dos pais do que o filho de 10 anos, mas isso não é algo que muda da noite pro dia. “Não viramos independentes do nada, trata-se de um processo”, afirma.
Isso pode significar pedir ao seu filho que decida se deve usar uma camisa vermelha ou azul ou, com o passar dos anos, deixá-lo voltar da escola para casa com um amigo. Quando as crianças podem fazer as suas próprias escolhas, existem oportunidades mais significativas para elas pensarem por si mesmas e experimentarem consequências naturais.
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Mas tenha cuidado: ao oferecer muitas oportunidades ao mesmo tempo, podemos fazer com que a criança se sinta sobrecarregada. Assim, em vez de perguntar o que ela quer fazer naquele dia, pergunte se ela prefere ir ao parque infantil ou ao cinema, por exemplo.
Outra dica importante: tente oferecer duas ou três opções que sejam realmente possíveis, para não frustrar o pequeno em sua escolha. Além disso, certifique-se de fornecer o suporte necessário ao criar novas liberdades, como supervisão, regras ou escolhas guiadas.
Errar faz parte
Por outro lado, é fundamental lembrar que errar faz parte da criação de uma criança com autonomia. O diálogo aberto e o suporte emocional são essenciais nesse processo. Esteja presente para ajudar seu filho a superar desafios e a aprender com os tropeços.
Como pais, mães ou responsáveis, nosso instinto costuma ser facilitar as coisas para os pequenos, resgatá-los de seus erros e limitar suas experiências como forma de protegê-los das decepções e fracassos. No entanto, não tem jeito! Tanto as decepções quanto os fracassos são importantes na construção de crianças com autonomia.
Neste caso, esteja preparado para intervir. Ao invés de focar no que eles fizeram de errado, ajude a criança entender como a decisão diferente teria um impacto diferente, desenvolvendo habilidades necessárias para experimentar a liberdade novamente no futuro.
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Um bom começo é atribuir tarefas apropriadas à idade da criança, como arrumar a cama, colocar a mesa ou cuidar de um animal de estimação, ensinando responsabilidade e senso de dever. Incentive seu filho a realizar pequenas tarefas, como limpar os brinquedos após as brincadeiras, embalar o lanche da escola, ajudar a guardar as compras e manter seu quarto em ordem.
As crianças ficam muito mais dispostas a ajudar quando sentem que contribuem de forma autêntica para a família. É importante que ela entenda que autonomia e responsabilidade andam juntas, que uma não funciona sem a outra e que tanto uma quanto a outra são adquiridas com o tempo.
Espaço para aprender
As crianças precisam de espaço e tempo para aprender. Portanto, incentive a autossuficiência dando ao seu filho muitas oportunidades de explorar sem ser excessivamente supervisionado. Se você notar um conflito com um irmão ou amigo, por exemplo, dê a eles a chance de resolver o problema de forma produtiva antes de interceder.
Se estiver em um lugar seguro, deixe-as andar um pouco à sua frente na calçada. Envie-a para receber a correspondência ou para fazer o pedido e pagar pelo almoço enquanto você assiste. Especialistas indicam que vale a pena encontrar pelo menos uma maneira todos os dias para que seu filho possa realizar algo por conta própria.
Tanto quanto possível, evite corrigir seu filho enquanto ele estiver tentando fazer algo de forma independente. Por exemplo, se você pedir ao seu filho para arrumar a cama e ela não estiver perfeita, resista (sabemos que não é fácil!) à vontade de consertar.
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Tente sempre ter em mente que a perfeição não é o objetivo neste momento. O objetivo é permitir a ação da criança com autonomia e responsabilidade. E ela vai querer desistir se sentir que nunca consegue atingir o padrão que você deseja.
Então, quando bater a tentação de repreender seu filho por uma escolha que não seria a sua ou de fazer por ele algo que ele já seria capaz de fazer sozinho, respire fundo. Tenha em mente esta citação de Maria Montessori: “Nunca ajude uma criança em uma tarefa na qual ela sente que pode ter sucesso”. A chave para ajudar as crianças a se tornarem mais independentes é permitir que sejam independentes de forma ativa e confiante.
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