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Precisamos falar sobre o racismo com os nossos filhos

De um modo geral, ninguém nasce racista. Basta olhar a forma de agir de crianças menores para comprovar que elas não odeiam ou discriminam amiguinhos pela cor da pele, origem ou religião. Mas é preciso falar de um racismo silencioso, o chamado racismo estrutural, que nós adultos devemos combater todos os dias se quisermos criar crianças melhores e mais preparadas para conviver com a diferença ao longo da vida.

“Desde bebê, o filho precisa saber que existem pessoas diferentes e como lidar com elas”, resume a psicóloga Livia Marques, autora do livro Dandara e Vovó Cenira, em entrevista à Revista Crescer.

No livro, uma menininha negra sofre por ser diferente dos colegas da escola. Um dia, ela ouve da sábia avó a história de como aprendeu a gostar de seu cabelo e suas feições. Assim, a obra infantil nos ensina sobre o racismo, a importância de manter laços com nossa história familiar e incentiva a pensar sobre diversidade e respeito ao próximo.

Se quiser conhecer um pouco mais da obra da Livia Marques, dá para ler o primeiro capítulo de Dandara e Vovó Cenira clicando aqui. Mas antes convidamos você o leitor do nosso artigo a fazer uma autoavaliação sincera. Você faz piadas ou comentários negativos sobre os negros ou sobre cabelos crespos, por exemplo? Você usa, mesmo sem intenção de ofender, expressões como “cabelo de Bombril” ou “dia de branco”?

Com empatia, sem preconceito

Afinal, não adianta esperar que a criança lide com as diferenças na rua se, no ambiente familiar, temos comportamento oposto. Esse tipo de comportamento esconde o racismo estrutural de que falamos ali em cima. E, mesmo que a gente não perceba, ele contribui para que mais negros morram diariamente por causa da violência, para que menos mulheres cheguem a cargos de chefia nas empresas, para que pessoas com deficiência não possam trabalhar ou sair de casa e muitas outras desigualdades.

Além disso, dê uma olhada em volta: há diversidade no convívio do seu filho? De que forma ele é estimulado a lidar com as diferenças, entendendo que diferenças não são defeitos? Como os adultos próximos a ele se relacionam com pessoas de outras culturas, religiões, raça ou orientação sexual, por exemplo? 

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Dizer que não somos preconceituosos, portanto, não basta para que nossos filhos também não sejam. Exemplos e atitudes valem mais do que palavras. Por isso, listamos 4 maneiras bem simples de estimular o respeito às diferenças no dia a dia. Elas não custam nada e, com certeza, vão ajudar pais e mães e criar crianças mais empáticas. Você vai ver como, lá na frente, isso fará uma enorme diferença para a vida de muitas e muitas famílias. 

1. Seja um exemplo

Quando a noção de igualdade e respeito está clara para o adulto, ela tende a ser naturalmente incorporada pelas crianças. Se o que ela vê em casa é o respeito com todos os seres humano, provavelmente vai reproduzir isso. Não tem idade certa e nem um dia específico para falar com o seu filho sobre discriminação. 

Conforme ele fizer perguntas sobre o assunto, converse com sinceridade e franqueza. Explique que as pessoas são  diferentes na aparência, mas devem ser respeitadas igualmente. Mostre que todos os seres humanos têm alturas diferentes, assim como peso, cor de pele, de olho e de cabelo. Da mesma forma, há diversas línguas e costumes pelo mundo. Até as brincadeiras que as crianças fazem no Brasil e em outros países mudam! 

E observe, sempre, as suas próprias atitudes com relação ao que vocês estão conversando. Crianças são muito instintivas e se espelham nas atitudes dos adultos em que confiam e que admiram.

2. Mostre a diversidade na prática

Com crianças menores, é bacana inserir referências diferentes, de outras culturas e raças, em suas brincadeiras, bonecos, personagens de desenho, músicas, passeios e por aí vai. Conforme ela for crescendo, o ideal é que o assunto faça parte das conversas em família de maneira transparente.

Nosso comportamento é pautado em exemplos. Por isso, é tão importante que a gente tenha valores bem estruturados na infância, para formar cidadãos mais conscientes. Os valores que se estabelecem na memória de uma criança permanecem e se transformam ao longo da vida, fortalecendo a importância do respeito por tudo, ainda que diferente.

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Assim, uma maneira que pode ser eficiente para educar quanto ao respeito pela diversidade é a exposição a situações que podem ser reais, como a convivência da criança com pessoas diferentes dela, ou fictícias, como filmes, peças de teatro e livros que retratem diferenças. 

Também vale mostrar que existem reis e rainhas negros, bonecos e heróis como o Pantera Negra. A história e a mitologia africana e afrobrasileira são fonte de relatos incríveis, hoje descritos em diversas obras infanto-juvenis. Um exemplo é a história de Dandara e Vovó Cenira que mostramos ali em cima. Mas há muitos outros, que você pode buscar na internet.

3. Dê suporte

Caso o seu filho tenha sido discriminado por conta de alguma diferença, apoie-o, explique que os direitos são iguais para todos, independentemente de raça, cor ou religião. 

Casos de discriminação contra a criança devem ser denunciados no conselho tutelar da sua cidade, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. Há diversas leis que protegem contra a discriminação e preveem punições para quem discrimina. 

Fique de olho, pois muitas vezes uma criança pequena não conseguirá verbalizar o que aconteceu com ela. Ela pode ficar mais amuada, quietinha. Essas mudanças de comportamento não podem passar batido, pois os efeitos negativos para o desenvolvimento infantil são graves. “A criança pode desenvolver transtornos de ansiedade, estresse pós-traumático, isolamento social e muitos outros que impactarão sua vida adulta”, aponta Livia. 

4. Não é brincadeira

Se o caso for o seu filho repercutir uma fala racista, independentemente da idade dele, não releve! Enquanto ele está “passando por uma fase” ou “fazendo uma brincadeira”, outra criança pode estar sofrendo e pode ter cicatrizes pelo resto da vida. Explique que é errado, mostre que aquele comportamento não é aceitável e reveja se é algo na dinâmica da família que está transmitindo ideias preconceituosas para ele.

Aproveite notícias de grande repercussão, como por exemplo o assassinato do ex-segurança George Floyd e a série de protestos que ela desencadeou pelo mundo, para falar sobre o assunto e tirar dúvidas dos pequenos, caso eles tenham. 

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Observe também como o tema é tratado na escola. A escola é um excelente meio de convivência com a diversidade. Portanto, se alguma criança dá apelido à outra, por exemplo, ou trata o colega de forma discriminatória naquele ambiente, é função da escola conversar, para que as crianças entendam que todos têm semelhanças e diferenças. 

A conversa sobre o racismo deve continuar em casa, sempre com transparência e sinceridade. Mesmo tomando todo o cuidado, dialogando e agindo contra a discriminação, o racismo não vai sumir do dia para a noite. Ele existe há muito tempo e não é fácil eliminá-lo. 

Uma coisa é certa: a solução para o fim do preconceito está nas crianças. E por isso a responsabilidade dos adultos é tão grande em contribuir para a criação de pequenos cidadãos antirracistas. 

5 dicas para driblar o estresse infantil no isolamento

Seu filho está estressado ou ansioso com o isolamento social exigido pela pandemia do coronavírus? Você não está sozinha. Agora, mais do que nunca, a ansiedade nas crianças está aumentando. Dessa forma, é nosso trabalho como pais ou responsáveis tentar aliviar o estresse infantil. Então, confira estas 5 dicas que separamos para ajudar. 

1 – Mexa-se 

Estudos mostram que a prática de atividade física está associada a níveis mais baixos de reatividade ao estresse infantil. Atualmente, em casa, se for possível opte por uma atividade de movimentação ao ar livre. Experimente um jogo de futebol em família ou t-ball. Do mesmo modo, dar uma volta ao redor do quarteirão enquanto pratica distanciamento social é uma opção. Também vale sintonizar-se com a experiência de aula virtual The Little Gym em Casa para se movimentar na sala de estar.

As unidades da The Little Gym em Vitória (ES) e em São Paulo (SP) têm feito diversas atividades em vídeo para crianças de diferentes faixas etárias, com o objetivo de divertir e desenvolver diversas habilidades. As aulas estão disponíveis no nosso canal do Youtube, divididas por faixa etária, com atividades para crianças ATÉ 3 ANOS, de 3 A 6 ANOS e de 6 A 12 ANOS. 

Clique aqui para acessar as aulas online da The Little Gym.

2 – Implemente uma rotina diária

Em tempos de incerteza, as rotinas são ainda mais importantes. Ao criar uma rotina diária para seu filho, você pode ajudá-lo a obter uma sensação de independência, confiança, segurança e controle. Isso também ajudará os pais a encontrar e gerenciar o novo normal enquanto os tempos exigirem flexibilidade. E, de quebra, contribui para reduzir o estresse infantil.

Recentemente, falamos sobre isso aqui, mostrando dicas para pais e mães que precisam conciliar o home office com a escola em casa dos pequenos enquanto durar a quarentena.

Nosso objetivo é ajudá-los a obter equilíbrio entre deixar seus filhos diante do computador ou celular 16 horas por dia e montar uma escola em casa  completa. Uma das dicas é pegar leve para entender que a programação em casa não será exatamente igual à da escola. Vale também levar em consideração a importância de manter uma rotina matinal.

Leia o texto completo aqui mesmo no nosso blog, clicando aqui.

3 – Ofereça um modelo de comportamento positivo

As crianças ouvem, vêem e são diretamente influenciadas pela maneira como seus pais e cuidadores reagem a várias situações. Logo, pais que demonstram habilidades positivas para lidar com o estresse podem ajudar a tranquilizar as crianças que estão ansiosas ou estressadas. Pais tranquilos reduzem significativamente o estresse infantil.

4 – Pratique hábitos positivos de sono

O sono está diretamente relacionado ao bem-estar do seu filho. Uma boa noite de sono pode ajudar a reduzir sentimentos de estresse e ansiedade. 

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Por esse motivo, é importante implementar uma rotina também para dormir. Vale dormir sempre no mesmo horário, inclusive nos finais de semana. Igualmente, vale observar a quantidade necessária de horas de sono para cada faixa etária. Inclusive, a Academia Americana de Medicina do Sono definiu esse número:

  • 4 a 12 meses: 12 a 16 horas de sono por dia, incluindo sonecas
  • 1 a 2 anos: 11 a 14 horas de sono por dia, incluindo sonecas
  • 3 a 5 anos: 10 a 13 horas de sono por dia, incluindo sonecas
  • 6 a 12 anos: 9 a 12 horas de sono por dia
  • 13 a 18 anos: 8 a 10 horas

5 – Mantenha a conversa aberta e fluida 

Agora, mais do que nunca, é importante manter o diálogo aberto com seu filho para que ele saiba que pode conversar com você sobre seus sentimentos sobre o que está acontecendo. 

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Primeiro, é importante reservar um tempo para ouvir seu filho, se ele tiver alguma preocupação, você quer que ele o procure primeiro. Segundo, certifique-se de fornecer informações precisas, o Ministério da Saúde tem um espaço em seu site dedicado a tirar dúvidas sobre o coronavírus é um ótimo recurso para obter as informações mais atualizadas. Certifique-se de mantê-lo leve para não induzir medo. Terceiro, assegure ao seu filho que você está tomando as precauções corretas para manter sua família segura. 

Sabemos que essa fase difícil vai passar. E não se esqueça: conte com a The Little Gym e com a nossa equipe para ajudar você e seu pequeno a encontrar dias de equilíbrio enquanto estivermos nessa turbulência!

E lembre-se: as unidades da The Little Gym em Vitória (ES) e em São Paulo (SP) têm feito diversas atividades em vídeo para crianças de diferentes faixas etárias, com o objetivo de divertir e desenvolver diversas habilidades. As aulas estão disponíveis no nosso canal do Youtube, divididas por faixa etária, com atividades para crianças ATÉ 3 ANOS, de 3 A 6 ANOS e de 6 A 12 ANOS. 

Um guia para criar crianças responsáveis e empáticas

Especialista em educação infantil, pai de quatro filhos e avô de dois netos, mostra como pais e mães podem incluir valores
importantes no dia a dia da família. Um guia para criar crianças responsáveis, pacientes e empáticas

Habilidades sociais são cruciais para crianças de todas as idades, e é importante que elas sejam reforçadas, tanto na sala de aula quanto em casa, durante toda a infância. Mas como pais e mães podem ensinar às crianças valores importantes como cooperação, gratidão, empatia ou educação? Existe um guia para criar crianças responsáveis, pacientes e empáticas?

Afinal, esses valores são crenças básicas e fundamentais que nos ajudam a saber o certo do errado, que dão equilíbrio e significado à vida e que nos permitem formar laços na comunidade em que vivemos.

Então, veja algumas maneiras fundamentais de criá-los em seus filhos pequenos, listadas pelo expert em educação infantil Richard Peterson:

Bondade

Realizar atos aleatórios de bondade pode ter uma influência positiva sobre o indivíduo. Em família, uma boa opção é pensar em maneiras pelas quais cada um pode demonstrar bondade com os outros. Algumas ideias são assar biscoitos para o carteiro, doar um brinquedo fechado para uma instituição de caridade local, comprar enlatados para um abrigo ou deixar anotações e desenhos para os vizinhos. Inclua seu filho no processo para que ele possa ver em primeira mão a alegria que a bondade pode trazer para os outros.

Responsabilidade

As crianças têm um forte desejo de imitar os adultos da família adultos. Incentive seu filho a ajudar com tarefas simples dentro e fora de casa. As crianças sentem um grande senso de realização quando podem fazer sua parte e sentir esse senso de responsabilidade. Crianças de dois anos, por exemplo, costumam gostar de dobrar toalhas, guardar livros, colocar papel na caixa de reciclagem e cuidar do jardim. As crianças mais velhas podem gostar de contribuir na cozinha ou no trabalho no quintal.

Paciência

Paciência é a capacidade de demonstrar autocontrole enquanto aguarda a ocorrência de um evento. Também se refere à capacidade de manter a calma diante da frustração. Esta é uma habilidade que se desenvolve nas crianças à medida que amadurecem. Embora seja importante praticar a paciência, os adultos também devem ser realistas em suas expectativas, avaliar rotinas diárias e eliminar longos períodos de tempo de espera.

Polidez

Programe um horário em que toda a família possa se sentar junta para jantar. Modele boas maneiras e incentive os irmãos mais velhos e outros membros da família a fazerem o mesmo. Use frases como “Você pode passar as batatas?” ou “obrigado”. Certifique-se de fornecer orientação ao seu filho, explicando o que fazer em oposição ao que não fazer.

Flexibilidade

De antemão, mMude suas rotinas em casa para incentivar as crianças a serem flexíveis em seus pensamentos e tentar coisas novas. Tente ser flexível nas pequenas coisas: tome café da manhã no jantar, tome sorvete com um garfo, peça ao seu filho que leia uma história para dormir ou faça um piquenique na sala de estar. Diga ao seu filho que não há problema em fazer as coisas de uma maneira diferente.

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Empatia

Desde cedo, as crianças começam a entender emoções diferentes e a descobrir que outras pessoas têm sentimentos. Ao longo da infância, converse sobre os sentimentos de seu pequeno e compartilhe o seu próprio sentimento com eles.

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Ao reservar um tempo para ouvir como as crianças estão se sentindo, você demonstrará que se importa e reforçará com elas que entende completamente como elas estão se sentindo.

Cooperação

Coordene datas de brincadeiras ou leve seus filhos a eventos em que eles possam praticar se apresentando a outras crianças e, potencialmente, com adultos. Encontre jogos e outras atividades que exijam turnos e compartilhamento.

Gratidão

Incentive seu filho a passar cinco minutos todos os dias listando as coisas pelas quais é grato. Isso poderia ser feito juntos antes de dormir ou depois do jantar.

Respeito

Definitivamente, como pais, nosso objetivo é ensinar as crianças a reconhecerem que, embora as pessoas tenham gostos e desgostos diferentes ou crenças e ideias, elas devem se tratar com maneiras e positividade. Deve-se mostrar respeito ao compartilhar, limpar e ouvir os outros.

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Sempre ensine a antiga regra: trate os outros da maneira que você gostaria de ser tratado. Lembre também que as crianças podem demonstrar respeito pelas coisas da sala de aula. O tratamento correto de materiais e brinquedos mostra apreço pelo que temos.

Quem é Richard Peterson 

Richard Peterson tem mais de 20 anos de experiência em educação infantil. Como vice-presidente de educação da Kiddie Academy, ele fornece suporte diário ao departamento de educação da instituição nas áreas de currículo, avaliação, treinamento, credenciamento e licenciamento de puericultura.

Além disso, antes de ingressar na Kiddie Academy, ele passou mais de 20 anos no gerenciamento de vários locais em ambientes educacionais.

Para terminar, Peterson é bacharel em Direito e em Biologia pela Universidade de Maryland. Também é pai de quatro filhos e avô de dois, com quem trabalha constantemente em educação e desenvolvimento pessoal.

Este material foi traduzido do site Motherly, parceiro da The Little Gym internacional. Texto original (em inglês): https://www.mother.ly/child/activities-that-teach-positive-values

Como ensinar seu filho a pedir desculpas

“Peça desculpas” é o que dizemos aos nossos filhos quando eles pegam o brinquedo de alguém, batem no irmão ou fazem outras coisas indesejáveis. E é frequentemente aí que a conversa termina, com pouca ou nenhuma discussão sobre o que aconteceu, por que foi prejudicial à pessoa com quem a criança se desculpou, como lidar com a mágoa que causou e o que pode fazer para mudar seu comportamento.

Por isso é importante entender como ensinar seu filho a pedir desculpas quando ele comete erros. Pedir desculpas superficiais, especialmente quando elas são proferidas de má vontade, não é suficiente para mudar o comportamento da criança. Além disso, geralmente esses pedidos padrão tendem a se repetir na idade adulta.

Isso é problemático, como vimos, por exemplo, nas satisfações dadas por pessoas públicas importantes como Harvey Weinstein, Louis CK, Kevin Spacey e Matt Lauer, recentemente acusados de atos de assédio ou agressão sexual. Suas manifestações indicam para, para determinadas pessoas, apenas pedir desculpas é suficiente, mesmo quando o pedido vem seguido de explicações que reforçam seu ponto de vista ou culpam as vítimas.

Pedir desculpas de coração

Pedidos de desculpa superficiais são feitos geralmente sem arrependimento de todo o coração nem vontade de fazer reparos adequados.

“Eles podem conter uma transferência de responsabilidade (“Peço desculpas por minha equipe ter cometido um erro”) ou envolver a linguagem condicional, que muda o foco para a pessoa prejudicada (“Desculpe se você ficou ofendido”). Podem também ser tão vagos que não fazem sentido (“Sinto muito pelo que aconteceu’)”

Edwin Battistella, professor de linguística na Southern Oregon University e autor do livro “Sorry About That: The Language of Public Apology”, lançado nos Estados Unidos em 2014 e ainda sem tradução no Brasil.

O ato de pedir desculpas realmente, por adultos ou crianças, precisa conter o reconhecimento sincero de que você fez algo errado. E é isso que pode ser tão difícil: ninguém gosta de admitir um erro. 

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A propósito, no caso específico das crianças, há algo muito complicado chamado dissonância cognitiva, que é aquela sensação estranha que se tem ao tentar manter duas crenças contraditórias ao mesmo tempo. Por exemplo, uma criança pode acreditar que é uma pessoa gentil, mas também vê que fez algo ruim. Como aliviar essa tensão? Muitas vezes, a saída que encontramos é sugerir que o que aconteceu não foi tão ruim assim ou que a pessoa mereceu.

Um bom pedido de desculpas começa com a orientação

A maneira como orientamos as crianças em um pedido de desculpas é tão importante quanto o próprio pedido de desculpas. O primeiro passo para ensinar seu filho a se desculpar é fazer com que ele – e você mesmo – dê um passo atrás.

Digamos que seu filho pegou um dos brinquedos do amigo e fugiu, deixando o coleguinha chorando. Fazer com que os pequenos lidem com as consequências de suas ações no calor do momento não vai funcionar. Eles ainda estão sentindo as emoções que os levaram a se comportar daquela maneira e precisam se acalmar antes de estarem prontos para refletir sobre suas ações.

Portanto, não é a melhor ideia gritar “Pare de correr e devolva esse brinquedo ao seu amigo! Você precisa se desculpar agora”.

“É sempre imprudente tentar ensinar quando estamos com raiva ou nossos filhos têm dificuldade em ouvir. Também não podemos ensinar quando estamos envergonhados na frente dos outros”, explica Ellen Goldsmith, assistente social clínica especializada em crianças e adolescentes.

Então, quando seu filho estiver mais calmo, você poderá resolver o que aconteceu.

Falando sobre sentimentos

Uma das saídas é descobrir o que seu filho estava sentindo e como essas emoções podem ter levado ao comportamento problemático. Então, você pode perguntar: “O que você estava sentindo antes de pegar o brinquedo do seu amigo?”. 

Seja qual for o motivo, a ênfase deve estar em suas ações serem o problema, não em suas emoções. Todas as emoções são boas. O que faz diferença é como lidamos com elas. “Precisamos nomear os sentimentos. Caso contrário, as crianças podem se perder em seus sentimentos, como nós às vezes fazemos”, afirma Goldsmith.

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Depois que eles entenderem mais sobre suas emoções e comportamento, é hora de falar sobre como a outra pessoa se sentiu. Você pode fazer isso relacionando a situação com algo semelhante pelo qual a criança passou.

Por exemplo, talvez o irmão do seu filho tenha pegado seu brinquedo favorito sem pedir e se recusado a devolvê-lo. Você pode pedir que ele pense e se lembre de como se sentiu nesse caso. Depois, uma dica é ressaltar que pode ser como o amigo dele se sentiu quando teve seu brinquedo levado.

Brainstorming com crianças

Você também pode perguntar ao seu filho o que ele faria de diferente neste caso se pudesse. Vocês podem imaginar opções juntos. “O brainstorming com crianças pode proporcionar momentos maravilhosos de ensino. Pode ajudá-lo a escrever ou desenhar as opções de como responder potencialmente ”, orienta Goldsmith.

Na opinião da especialista, mostrar às crianças que erros são oportunidades para refletir e aprender pode mudar a maneira como elas vêem os erros. Além disso, trata-se de uma forma de combater o modo defensivo como instintivamente costumamos agir diante dos nossos equívocos.

Os ingredientes de um conversa que funcione

Depois dessa conversa inicial, seu filho está pronto para se desculpar. Um pedido de desculpas sincero precisa priorizar os sentimentos da outra pessoa e demonstrar arrependimento.

“Um bom pedido de desculpas precisa mencionar o dano causado, demonstrar arrependimento sincero e de alguma forma reparar o dano”, confirma o professor Edwin Battistella. 

Em um treinamento para professores, a ex-professora da escola primária JoEllen Poon aprendeu sobre uma abordagem simples de desculpas que atinge todos os pontos-chave. Três frases – “Desculpe”, “Isso está errado porque…” e “No futuro, eu irei…” – guiam os alunos pelas etapas.

Ela falou sobre suas experiências ensinando as crianças a se desculpar em um popular post no blog Cuppacocoa. É neste momento que a sua conversa anterior com o seu filho será útil, pois ele já saberá como completar as frases que Poon utiliza como bases.

“Meus alunos começaram a alimentar relacionamentos de uma maneira nova. Cada vez mais, eles tomavam a iniciativa de pedir desculpas um ao outro, em vez de esperar que um adulto os obrigasse a fazê-lo. Eles pararam de agir como se estivessem ‘perdendo’ quando estavam se desculpando e, em vez disso, passaram a se ver ‘ganhando’ juntos por uma situação ter melhorado” afirma.

E completa: “Eles também pareciam realmente mudar seus comportamentos depois – crianças que incomodavam outras crianças diminuíram esses comportamentos, e todos pareciam mais sinceros em seus esforços para se harmonizarem entre si”.

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Depois de pedir desculpas, outra maneira de as crianças fazerem as pazes é agindo. “As crianças aprendem fazendo e, portanto, uma foto ou um abraço podem fazer toda a diferença. O mesmo vale para nós adultos também”, defende Goldsmith.

“Todos aprendemos pelo que os outros fazem e não pelo que eles dizem. Por isso, é muito mais importante nos ver fazer o que ensinamos e pregamos, ou eles nos verão como mentirosos ou hipócritas e sempre se lembrarão disso ”, disse Goldsmith.

Empatia e perspectiva

Mas o que acontece quando seu filho realmente acha que não fez nada de errado? Ele pode estar com dificuldade em admitir o que é errado ou pode não entender o ponto de vista da outra pessoa. Neste caso, uma opção é incentivar seu filho a perguntar ao amigo como ele se sentiu.

“Ser capaz de conversar com outra pessoa e ouvir o que a outra pessoa está explicando pode ajudar as pessoas a ter uma perspectiva diferente”, analisa Amy Hubbard, presidente do departamento de comunicação da Universidade do Havaí, e uma das autoras do estudo “Efeitos do Timing e da Sinceridade de um Pedido de Desculpas na Satisfação, Compreensão e Mudanças nos Sentimentos Negativos durante os Conflitos”.

No entanto, vale ressaltar que tudo o que for dito, mesmo o pedido de desculpas mais genuíno e livre de estigma, não significa que o solicitante tenha direito ao perdão. Existem coisas que não conseguiremos consertar e pessoas que não estarão dispostas a nos perdoar, e tudo bem. É importante ensinar aos nossos filhos que pedir desculpa não significa perdão certo, mas sim assumir a responsabilidade por nossas ações.

Pedir desculpas e admitir erros, desde a infância, ajuda bastante a criar empatia e a impedir que o mau comportamento de criança torne-se um padrão abusivo no futuro.

“Quando as crianças aprendem isso em tenra idade, torna-se natural e normal que elas se desculpem de uma maneira mais completa. Elas se acostumam a ser específicas sobre seus erros, examinando as consequências de suas ações, construindo empatia, fazendo um plano para realmente parar o comportamento indesejado e se permitindo sentir o desconforto de uma atitude humilde ao pedir perdão”.

JoEllen Poon

“Muitos de nós crescemos aprendendo a evitar emoções desconfortáveis ​​que vêm com um pedido de desculpas como esse, que se torna natural ser defensivo em vez de aberto e humilde. Esperemos que aprender a pedir desculpas adequadamente resultará em adultos mais atenciosos, cada vez mais conscientes da maneira como suas ações afetam os outros”, completa a ex-professora infantil. 

Este material foi traduzido do site Today’s Parent, parceiro da The Little Gym internacional. Texto original (em inglês): https://www.todaysparent.com/family/parenting/heres-what-works-way-better-than-forcing-your-kid-to-say-sorry/

Seu filho não sai do celular? Veja como trazê-lo de volta!

Relaxar um pouco diante da tela do computador, do celular ou do tablet é ótimo. Mas o que você faz se uma sessão de vídeo de uma hora leva a outra e depois outra e outra? Como resolver se seu filho não sai do celular?

Nicole Mains, 38 anos, se viu cedendo cada vez mais aos equipamentos eletrônicos após o nascimento de seu terceiro filho. Em uma típica manhã, seu filho mais novo, agora com 2 anos, entrava na cama e uma das primeiras coisas que ele dizia era “telefone”. 

Cansada demais para dizer não, ela lhe entregava um telefone para que ele pudesse assistir a programas como “Peppa Pig” por 45 minutos. Então seu filho de 4 anos acordava. Uma briga aconteceria pelo telefone – terminando com ela entregando um laptop ao menino mais velho. 

Já sua filha de 6 anos geralmente gasta em média duas horas por dia devorando vídeos do YouTube ou programas como “Barbie Life in the Dreamhouse”. Durante as refeições, ela olha para uma tela.

Quando a família sai para comer, geralmente duas vezes por semana, Mains tenta evitar distrair os filhos com telas – ela traz lanches, adesivos e atividades. Mas à medida que a refeição avança, as telas são exibidas cerca de 80% das vezes.

Este não é o futuro que Mains imaginou.

Sua história, no entanto, não é diferente da de tantos outros pais que desejam que seus filhos passem menos tempo envolvidos com dispositivos digitais. “É quase como uma droga. Eles se tornam garotinhos zumbis”, ela diz. Se, como Mains, você estiver procurando maneiras de trazer suas crianças de volta, não perca as dicas a seguir:

Quanto é muito?

Cada família define quanto tempo considera excessivo para o uso de equipamentos eletrônicos. Alguns acreditam que o ideal é não mais de uma hora por dia, em média, durante a semana, para crianças de 2 a 5 anos. Outros adotam uma abordagem mais liberal. O importante é que toda a família concorde com a linha definida. 

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Se você está tendo problemas para descobrir quando e onde traçar essa linha, pense no tempo que seu filho passa no computador, celular ou tablet, afirma Dimitri Christakis, diretora do centro de saúde infantil, comportamento e desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Infantil de Seattle, nos Estados Unidos. Uma pergunta interessante a se fazer é: o que você ou seus filhos estariam fazendo se não estivessem olhando para uma tela?

Olhar fixamente para uma tela na mesa de jantar ou durante uma reunião de família pode estar substituindo conversas e vínculos significativos entre os membros da família.

“Mesmo o melhor conteúdo não deve substituir essas outras atividades críticas de desenvolvimento e social”
Dimitri Christakis, diretora do centro de saúde infantil, comportamento e desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Infantil de Seattle

Quando você viaja em um espaço confinado como um avião ou um carro, é uma história diferente, acrescenta. Nesses casos, o tempo de tela pode evitar birras, brigas e olhares sujos de outros passageiros. 

Depois de decidir por quanto tempo e sob quais circunstâncias você permitirá o uso de equipamentos eletrônicos, o próximo desafio começa: definir e fazer cumprir as regras.

Escolha suas batalhas e vença-as

Na opinião de Christakis, ao gerenciar o tempo de uso de equipamentos eletrônicos entre crianças até os 6 anos de idade, você pode vencer qualquer batalha. “Mas isso requer perseverança e consistência”, destaca. As crianças, acrescenta a especialista, precisam entender que sua posição é inegociável.

De acordo com a psicóloga social Susan Newman, especialista em maternidade, você deve estabelecer as regras da casa e segui-las. Deixe seu plano claro desde o início. “Isso ajudará muito a manter a paz”, alerta. “Assim ele sabem o que esperar, sabem que é assim que vai ser”, detalha.

Crianças com idade suficiente para se manifestar na tomada de decisões podem ser envolvidas. Diga a eles que eles têm um tempo fixo para usar o tablet e pergunte: “Como você deseja usá-lo? E quando você quer usá-lo?”.

Outra abordagem é reservar um tempo para você também ficar longe dos dispositivos digitais. Considere fazer isso não apenas para seus filhos, mas também para você, para mostrar a seus filhos que você pratica o que prega. 

Se seus filhos desafiarem suas novas regras – e você pode apostar que eles vão -, permaneça firme e tente manter a calma. “Estamos vivendo numa cultura de dizer sim aos filhos o tempo todo. Não queremos ver nossos filhos infelizes por um único segundo, e é isso que torna ainda mais difícil para os pais retirar deles os dispositivos digitais”, explica Susan Newman.

“Os pais gostam de evitar confrontos, explosões e birras, especialmente em um ambiente de férias onde outros parentes estão por perto”.
Susan Newman, psicóloga social

Não se preocupe: restringir certos benefícios pode ajudar as crianças a criarem resiliência, afirma Newman, pois “quando elas forem para o mundo real, também terão limitações”.

Encontre novas atividades

Não é necessário dizer que, se você estiver retirando um objeto valorizado de uma criança, precisará se preparar para reclamações ou birras. Por isso é importante praticar empatia. “Diga a eles que você entende que isso será doloroso para eles”, ensina Newman.

Depois, dê-lhes algumas opções. Eles gostariam de jogar um jogo de tabuleiro? Ir para a biblioteca? Ler um livro? 

“Adoro coisas engraçadas ou dramáticas, como jogos de charada, kits de mágica ou coisas assim. Acho que, quando as crianças sentem essa satisfação natural da diversão que advém desses jogos mais sociais, fica mais fácil substituir o uso da mídia ”, afirma Jenny Radesky, professora assistente de pediatria no Hospital Infantil CS Mott da Universidade de Michigan e principal autora das diretrizes da Academia Americana de Pediatria sobre o uso da mídia entre crianças pequenas.

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Outra dica da doutora Jenny Radesky é que, ao jogar jogos digitais, você procure aqueles que não possuem vários níveis ou “recompensas enigmáticas”. Procure conteúdo mais aberto e livre, como aplicativos que permitem que as crianças se tornem contadoras de histórias e participem de peças criativas virtuais, por exemplo. “Eu digo aos pais: escreva uma programação diária, torne-a visual”, orienta.

Se eles seguirem um cronograma, as crianças poderão ter uma transição mais suave de uma atividade para outra. 

Finalmente, considere a possibilidade de comprar jogos de tabuleiro de baixa tecnologia. Você também pode optar por dar a seu filho experiências, como uma aula de arte ou uma visita a um museu.

Quebre as regras, mas apenas brevemente

Apesar de todas as preocupações sobre o uso de dispositivos eletrônicos entre as crianças, às vezes eles são uma salvação. Até mesmo os pais mais experientes estão abertos a modificar suas regras mais estritas.

Radesky relembra uma recente viagem à França durante a qual seus filhos assistiram a vídeos sem parar para o voo de oito horas. “Eles ficaram acordados a noite toda porque nunca recebem oito horas da mídia em casa”, afirma.

Mas, assim que saíram do avião, a farra da tela terminou. A Dra. Radesky não tomou nenhum comprimido na viagem. Em vez disso, seus filhos assistiram ao entretenimento oferecido pela companhia aérea. E eles mesmos perceberam o quão cansativo é escolher vídeos em vez de dormir. “Às vezes, as crianças vão exagerar e depois vão se arrepender. Os pais devem estar abertos a esses momentos de ensino também”, explica.

Fonte: Este material foi retirado do suplemento Parenting, do New York Times.
Texto original: https://parenting.nytimes.com/culture/reducing-screen-time-kids?rank=4&position=0

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